De acordo com as Previsões Económicas Globais, divulgadas esta Terça-feira em Washington, Angola deverá ter crescido 3,1 por cento em 2022, recuperado face aos 0,7 por cento de 2021 e acelerando depois de cinco anos de recessão, mas verá o seu crescimento abrandar este ano.
"Uma produção de petróleo e nível de receitas mais estável deverão sustentar a actividade na economia não petrolífera e ajudar a melhorar a posição orçamental, mas os preços mais baixos do petróleo, juntamente com as medidas de consolidação orçamental para reduzir a dívida pública, deverão pesar na despesa pública e restringir o crescimento", lê-se no relatório divulgado esta Terça-feira em Washington.
O documento prevê um crescimento de 5 por cento na África subsaariana neste e no próximo ano, ligeiramente abaixo da previsão de Junho, dizem os economistas, alertando que "o ambiente externo deverá continuar desafiante para alguns países, com mais declínios em vários preços de matérias-primas, o que deverá prejudicar as receitas e as exportações".
Muitos países, acrescentam, "deverão continuar a enfrentar preços elevados para as importações de fertilizantes e combustível, apesar de abaixo do pico registado no ano passado".
A nível regional, a África subsaariana deverá ter crescido 3,4 por cento no ano passado, 0,3 pontos percentuais abaixo da previsão de Junho, devido à descida previsão de crescimento "em mais de 60 por cento dos países" devido ao abrandamento da economia global e do aperto nas condições financeiras, em conjunto com o aumento da inflação, que prejudicou as já de si frágeis recuperações e ampliou as vulnerabilidades internas", conclui o Banco Mundial.