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Oxford Economics: Angola cresce quase três por cento em 2022 e abranda para 2,6 por cento este ano

A consultora Oxford Economics estima que a economia angolana vá abrandar este ano para 2,6 por cento devido à descida da produção e do preço do petróleo, depois de ter registado um crescimento próximo de três por cento no ano passado.

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"Apesar da moderação do crescimento do Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2022, antevemos que o crescimento económico do ano passado tenha ultrapassado a nossa previsão de 2,4 por cento e fique mais perto dos três por cento", escrevem os analistas, acrescentando que "em 2023 espera-se um ligeiro abrandamento no crescimento da produção de petróleo e preços globais muito mais baixos do que no ano passado, o que vai influenciar a expansão económica".

A análise do departamento africano da britânica Oxford Economics salienta que "o crescimento do PIB não petrolífero deverá manter-se bastante robusto este ano, ajudado pelo aumento do investimento na refinação de petróleo, energias renováveis e agricultura", que, juntamente com a queda da inflação e das taxas de juro, "vai continuar a apoiar o crescimento do consumo privado este ano, levando o PIB a abrandar moderadamente para 2,6 por cento".

A economia cresceu 3,9 por cento no terceiro trimestre do ano passado, face ao período homólogo de 2021, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, devendo chegar ao final de 2022 com um crescimento em torno de 3,5 por cento.

"O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8 por cento na passagem do segundo trimestre de 2022 para o terceiro trimestre de 2022, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal", lê-se na Folha de Informação Rápida, que dá conta que "em termos homólogos, o 3.º trimestre de 2022 face ao 3.º trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,9 por cento".

De acordo com a informação do INE, a economia regista um crescimento acumulado de 3,4 por cento ao longo do ano, colocando boas perspectivas para terminar o ano de 2022, o segundo fora da recessão, com uma expansão acima de três por cento, em linha com os 3,3 por cento previstos pelo Governo.

O PIB acumulado nos primeiros nove meses de 2022 regista um crescimento de 3,4 por cento em relação ao mesmo período de 2021, afirmam os técnicos, apontando que "esta variação positiva é atribuída fundamentalmente às actividades de Agro-pecuária e Silvicultura, com um crescimento de 3,8 por cento; Pesca (2,6 por cento), Extracção de Petróleo e Rufino (2,4 por cento), Extracção de Diamantes (0,4 por cento), Indústria Transformadora (2,0 por cento), Electricidade e Água (3,2 por cento); Construção (4,8 por cento); Transporte e Armazenagem (29,9 por cento), Administração Pública (6,9 por cento), Serviços Imobiliário e Aluguer (3,0 por cento) e Outros Serviços (3,8 por cento)".

A economia ligada ao sector petrolífero cresceu 2,7 por cento face ao terceiro trimestre de 2021, enquanto a economia não petrolífera cresceu 4,4 por cento de Julho a Agosto de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A economia de Angola esteve mergulhada em recessão entre 2016 e 2020, tendo crescido 1,1 por cento em 2021.

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