A referida investigação realiza-se em parceria com a Universidade Federal de Lavras do Brasil, segundo fez saber João Saraiva, director-geral da empresa, que, em declarações à Angop, acrescentou que a experiência de variedades tropicais dos referidos cereais oriundas do Brasil se encontra já a ser realizada, no sentido de analisar quais as que se encontram mais adequadas a pragas e doenças assim como as condições climatéricas do país que influenciam estas culturas.
O responsável, citado pela Angop, explicou igualmente que após reconhecido o material genético funcional, serão criadas variedades específicas para o país e arrancarão com acções de reprodução de sementes nas referidas províncias (arroz – Malanje e Moxico; trigo – Bié).
Além disso, o director-geral da empresa disse acreditar que com o Planagrão e os projectos sectoriais, no quadro da agricultura familiar, depressa alcançará a sustentabilidade e o país vai perder a dependência das importações de milho e batata-rena, escreve a Angop.
Mencionou igualmente a soja, reconhecendo que a substituição da sua exportação num breve espaço de tempo será mais difícil de conseguir, tal como o trigo, dado que o consumo do país é "muito elevado", porém vai alcançar a metade (50 por cento) do encargo de abastecer ao país com o tempo, escreve a Angop.
Relativamente ao arroz, João Saraiva indicou tratar-se de um dos investimentos mais difíceis visto que se tem de ter canteiros de produção, assim como investimentos onerosos em sistemas de rega, apesar de que ainda se importa bastante este produto, tratando-se de uma conjuntura que poderá alterar-se no horizonte temporal de entre 15 a 20 anos.
O responsável expressou igualmente vontade em atingirem a sustentabilidade de soja numa década, ao passo que o prazo para o milho foi indicado entre dois a três anos: "Queremos atingir a nossa sustentabilidade de soja em dez anos, o milho dentro de dois ou três anos, o trigo é uma cultura nova e que nós queremos trazer novas variedades, há um trabalho técnico específico que deve ser feito a nível do fomento, investigação e área estruturada", disse, citado pela Angop.
A substituição total da importação é quase impraticável, admitiu, referindo que irão assegurar uma substituição considerável da importação, sendo que com esforços Angola poderá substituir em metade (50 por cento).
Também evidenciou que para isso tudo ocorrer velozmente, se encontram a realizar o levantamento e a firmar parcerias para trabalhar e, a posteriori, expandir a outras províncias, escreve a Angop.