“Os sinais que me chegam, mas como disse acabei de chegar a Portugal, são de que não há razão para nem a economia nesses sectores, nem os trabalhadores, nem os que têm a ver com as empresas, fornecedores ou clientes, estarem preocupados com isso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à RTP, quando questionado se estaria preocupado com consequências para as empresas e para os trabalhadores da venda de participações de Isabel dos Santos em diversas empresas portuguesas que tem vindo a ser divulgada nos últimos dias.
Interrogado sobre um efeito “bola de neve” nas empresas e na credibilidade de Portugal no exterior, o chefe de Estado, respondeu: “Não, porque, note, são empresas, como é público e notório, têm condições de eventualmente haver interessados, se for caso disso, na aquisição de posições accionistas. Por isso, esse problema não se vai colocar, tal a importância dessas empresas nos sectores e para a economia portuguesa”.
Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que é necessário “distinguir duas realidades”. “A prioridade é aquilo que é a colaboração ao nível judicial que possa existir entre autoridades angolanas e portuguesas e isso tem a ver com uma investigação agora ou desencadeada ou aparentemente acelerada, e veremos como é a evolução no futuro”, disse.
“Outra coisa é a situação das empresas, e em relação à situação das empresas penso que há uma preocupação muito clara de garantir a sua estabilidade (…). Algumas são em setores importantes da economia portuguesa, ou no domínio da energia ou no domínio do sistema financeiro, no domínio da indústria”.