José Manuel Ganga Júnior apontou os "caminhos da privatização", durante um balanço das actividades da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), anunciando que aquele activo, onde a diamantífera tem uma participação maioritária, é para vender ainda este ano.
Embora existam ainda algumas "questões operacionais" a tratar, o presidente da administração da empresa disse acreditar, em relação à unidade hoteleira, "que este ano saia já do universo Endiama".
O mesmo vai acontecer com a subsidiária Enditrade, vocacionada para a área logística, que também está na lista a privatizar.
No que diz respeito à prestadora de serviços de segurança, Alfa 5, o objectivo é "continuar presente, atendendo ao tipo de empresa e particularidade do produto" da Endiama, mas através de uma participação minoritária, reduzindo o capital de 70 por cento para 30 por cento.
Quanto à Clínica Sagrada Esperança - Ilha de Luanda, "a proposta, é não privatizar".
Segundo Ganga Júnior, a Sagrada Esperança deve ficar a 100 por cento com a Endiama "porque funciona um bocado como seguro de saúde", assegurando "a assistência médica e medicamentosa a todos os trabalhadores".
A decisão da administração da Endiama é criar também, na região leste, uma clínica de referência na área da saúde.
Questionado sobre os postos de trabalho das empresas a privatizar, Ganga Júnior não deu garantias.
"Fazemos tudo para não trazer mais desgraças, mas não posso garantir que o novo dono assuma 100 por cento de tudo (...) e não queira reestruturar alguma parte do negócio. Com certeza vai precisar de pessoas, mas o emprego não é imutável", afirmou.
O Programa de Privatizações (Propriv) apresentando pelo Governo no ano passado prevê a alienação total ou parcial de 195 empresas, incluindo algumas de referência como a Endiama ou a petrolífera Sonangol.