De acordo com a polícia, a “Operação Dourada” teve início no dia 6 deste mês e visa intensificar as ações de combate a atos ilegais de garimpo de ouro, madeira e pedras preciosas em Cabinda.
O balanço da última semana refere que, entre os detidos, constam sete pessoas ligadas a uma associação ilegal, que praticavam a pesquisa e exploração de ouro na zona de Socoto, na margem do rio Chiloango.
Além do ouro, a polícia deteve também elementos em posse de 417 tábuas de madeira das espécies mais caras no enclave de Cabinda, que foram já entregues ao Instituto de Desenvolvimento Florestal.
O comandante municipal da Polícia de Buco-Zau, intendente Tony Kuala, citado pela Angop, referiu que a operação abrange os quatro municípios da província, ou seja, todas as sedes comunais e áreas fronteiriças com a República Democrática do Congo e a República do Congo.
No arranque da operação, o delegado do Ministério do Interior local e comandante provincial da Polícia, comissário Eusébio Costa, realçou a necessidade de haver um combate mais profícuo da parte dos órgãos de defesa e segurança para pôr fim às práticas ilegais de exploração de ouro, pedras preciosas e madeira em Cabinda.
A exploração ilegal de ouro em Cabinda, província no norte do país, é uma preocupação para as autoridades, tendo em conta que, segundo informações oficiais avançadas em 2017, o país registava anualmente a saída ilegal de três toneladas deste metal, com perdas para a economia de mais de 116 milhões de dólares.
Além de Cabinda, as províncias do Cuanza Norte e da Huíla são afetadas pelo garimpo ilegal de ouro.