A informação foi avançada pelo director do INAR, Castro Maria, no final de uma reunião da Comissão Interministerial de Acompanhamento do Exercício da Liberdade Religiosa, Crença e Culto em Angola, que analisou entre outros aspectos o processo de reconhecimento das confissões religiosas.
Castro Maria sublinhou que, há mais de 15 anos, que o executivo não reconhece nenhuma confissão religiosa, tarefa da qual se encarregava o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, entretanto transferida para o Ministério da Cultura.
Segundo o director do INAR, nos próximos dias, de acordo com o cronograma de actividades, serão mantidos contactos permanentes com estas confissões religiosas para ver se estão a cumprir os requisitos da lei que levarão ao seu reconhecimento pelo Estado.
"Para podermos informar àquelas confissões religiosas, que a partir daí, em função da lei, estarão em condições de continuar com os seus processos ou então terão de complementar dados, informações ou documentação para que o processo possa dar a sua continuidade", avançou.
O responsável realçou que estão reconhecidas no país 84 igrejas desde 1987, em várias fases, e estão em processo de reconhecimento outras 97.
"Existem outras igrejas que não cumpriram os prazos de entrega dos seus processos para o seu reconhecimento, estas deverão parar com as suas actividades e esperarem um próximo processo", referiu.
Segundo Castro Maria, a partir de agora, o processo de reconhecimento das confissões religiosas passará a ser realizado numa base regular, sem, contudo, estipular um prazo.
"Até recentemente tínhamos cerca de 1800 igrejas não reconhecidas, portanto, deste número é de onde terão saído estas que apresentaram os seus processos e as outras continuam a aguardar por outras fases que poderão advir depois deste processo conhecer a sua conclusão", frisou.
