A primeira exposição da galeria queniana para o ano de 2020 conta assim com mais de duas mãos cheias de artistas angolanos, numa combinação de mestres estabelecidos e artistas emergentes que vivem em Angola e na diáspora. O termo “Atlântico” é propositadamente escolhido para descrever uma mostra de artistas cuja inspiração (mesmo que vivam na diáspora) são os territórios de Angola e São Tomé e Príncipe.
“Atlantico: Angola e São Tomé & Príncipe Contemporâneo” apresenta uma secção transversal nas práticas desenvolvidas na arte contemporânea a partir desta região geográfica da África Atlântica. Um comunicado remetido ao VerAngola refere que “todas as obras abrangem ficção e não-ficção, incorporam temas pessoais, políticos, económicos, culturais e mitológicos”.
É objectivo incentivar novas perguntas e debates, tendo em conta “os muitos fios da costa atlântica da África - que através da escravidão estabeleceram uma ponte entre Angola, como parte do Congo e São Tomé e Príncipe, por um lado, e Brasil e EUA, por outro. A exposição pretende ainda ajudar a comparar e contrastar as realidades do Oceano Atlântico e do Oceano Índico.
Para Dominick A Maia Tanner, curador da exposição, este convite da galeria queniana “é um bom exemplo da imensa necessidade e potencial de unir as divisões dentro do continente e criar um diálogo entre artistas, públicos, académicos e críticos da África Oriental e Ocidental e, em simultâneo, intensificar a narrativa ‘Sul-Sul’”.
A exposição irá permanecer na galeria até 21 de Fevereiro. A ‘Circle Art’ foi fundada em 2012 e encontra-se sediada em Nairobi, no Quénia, promovendo a arte contemporânea da África Oriental.