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Trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda exigem compromisso escrito

A assembleia de trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), em greve há uma semana por tempo indeterminado, não se realizou por falta um compromisso escrito após encontro com o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu.

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Segundo o primeiro secretário do Sindicato dos Trabalhadores do CFL, José Carlos, a realização do encontro, marcado para a manhã desta Segunda-feira, estava dependente da entrega da ata do último encontro entre a comissão sindical e o titular da pasta dos Transportes.

Na Sexta-feira, foi realizada uma reunião entre o secretário da Comissão Sindical, o secretário-geral do sindicato Independente dos Ferroviários de Angola e o secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (SGSILA) com Ricardo de Abreu.

Em declarações à agência Lusa, José Carlos disse que os trabalhadores compareceram ao encontro, mas o mesmo não teve lugar "porque lamentavelmente a ata não chegou a tempo". "E a informação que a gente passou verbalmente não teve fundamento", explicou.

Durante tarde, a comissão negociadora deslocou-se ao ministério para dar conta da situação, mas sem sucesso, por questões de agenda do ministro.

O sindicalista referiu que a próxima assembleia de trabalhadores está dependente do referido documento, sublinhando que a greve, que desde Sábado cortou igualmente a circulação dos dois comboios diários exigidos por lei, vai manter-se até que haja uma solução.

Em causa está um caderno reivindicativo de 19 pontos entregues à administração, no qual os trabalhadores exigem um aumento salarial na ordem dos 80 por cento, além da atribuição de subsídios de alimentação, transporte e instalação.

Sobre o principal ponto de discordância entre as partes, a entidade patronal diz que não tem condições para atender nem um por cento dessa exigência.

Com cerca de 900 trabalhadores, o CFL realiza por dia 17 viagens de comboio suburbano de passageiros, garantindo o transporte diário a mais de 6000 pessoas, ao custo de 500 kwanzas, em primeira classe, 200 kwanzas, em segunda classe e 30 kwanzas em terceira classe.

A direção da empresa fala em perdas diárias, com esta greve, de 1,5 milhões de kwanzas.

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