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BFA melhora previsão de recessão económica para 2,5 por cento em 2018

O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) disse Terça-feira que Angola teve uma recessão de 2,5 por cento no ano passado, melhorando a estimativa anterior, devido à revisão feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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"Juntando todos os componentes do PIB excepto o petróleo, e ignorando os subsídios e impostos, e os serviços de intermediação financeira, há uma queda agrupada de apenas 0,4 por cento do PIB" no terceiro trimestre, lê-se na nota enviada Terça-feira aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.

"Se este crescimento do PIB não petrolífero for repetido no quarto trimestre [do ano passado], o PIB vai decrescer cerca de 2,5 por cento, perto do declínio de 2,6 por cento em 2016", apontam.

Assim, concluem os analistas do BFA, "já não é certo que a recessão de 2018 vá ser pior que a de 2016", como disseram quando foram divulgados os números do INE relativamente ao segundo trimestre deste ano.

Nos valores apresentados já este mês, sobre o terceiro trimestre, o INE fez uma forte revisão aos números do segundo trimestre, suavizando a queda económica que o país enfrenta nos últimos anos.

"No sector não petrolífero é mais desafiante fazer previsões", admitem os analistas do BFA, apontando que, "por exemplo, não é completamente claro quais foram as componentes do PIB que originaram a revisão" apontada para os valores do segundo trimestre, divulgados pelo INE.

"Deve ser notado que os dados anteriores foram sujeitos a uma revisão significativa, revelando um desempenho menos negativo do que o previamente divulgado", escreve o BFA, acrescentando que "no primeiro trimestre de 2018, os dados agora mostram um decréscimo anual de 2,2 por cento, comparado com a estimativa anterior de 4,7 por cento", e "entre Abril e Junho a economia encolheu 4,5 por cento em termos anuais, em vez da anunciada quebra de 7,4 por cento".

A economia de Angola esteve novamente em queda no terceiro trimestre do ano passado, descendo 1,6 por cento face ao mesmo período do ano anterior, o que suaviza a queda de 4,5 por cento no segundo trimestre e faz com que, nos primeiros nove meses de 2018, a recessão tenha sido de 2,7 por cento face ao mesmo período de 2017.

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