Ângelo Veiga Tavares discursava na abertura do Conselho Consultivo Alargado da Polícia Nacional, que visa diagnosticar o trabalho realizado em 2018.
Segundo o governante, para este aumento contribuiu o registo de casos anteriormente não denunciados e registados a partir dos hospitais e também o número de operações realizadas, que permitiram detectar diversas condutas criminais.
O titular da pasta do Interior felicitou a polícia "pelo excelente desempenho" nas cerca de 30 operações realizadas ao longo de 2018, entre as quais destacou as Operações Relâmpago, Transparência e Resgate e o policiamento na quadra festiva.
Para o ministro, o mais preocupante continua a ser o facto de os crimes violentos terem sido cometidos em ambiente familiar ou por pessoas próximas às vítimas, recomendando assim "acções incisivas de todas as estruturas do Estado, dos distintos poderes, das igrejas, das associações e de toda a sociedade".
"A título de exemplo, foram cometidos, em 2018, por familiares ou pessoas próximas às vítimas, 79 por cento dos homicídios voluntários, 90 por cento das ofensas corporais voluntárias, 74 por cento dos crimes de violação, entre outros", especificou o ministro, acrescentando que o Governo vai apresentar um programa para combater este problema.