"A Wood Mackenzie ajustou a sua previsão do preço médio do petróleo em apenas um dólar, de 66 para 65 dólares por barril este ano, mas a nossa previsão de 68 dólares por barril em 2020 permanece inalterada", disse a vice-presidente Ann-Louise Hittle, que tem o pelouro da macroeconomia do petróleo.
Numa nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso, a Wood Mackenzie diz que "os mercados globais estiveram voláteis no final do ano passado, e o petróleo não foi excepção" e acrescenta que "os dados macroeconómicos mistos motivaram boa parte da volatilidade, com a incerteza política a avolumar as preocupações sobre uma aceleração do abrandamento económico".
A previsão de 65 dólares por barril, a confirmar-se, será uma boa notícia para Angola, que colocou no Orçamento para este ano um valor ligeiramente acima de 60 dólares por barril.
Noutra nota divulgada, a Wood mazkenzie diz que a procura chinesa pelo petróleo não deverá abrandar, apesar dos dados macroeconómicos sobre o último trimestre do ano passado, que mostram um crescimento de 6,4 por cento, menos uma décima que no trimestre anterior, o que motivou uma expansão económica de 6,6 por cento no total do ano passado, o ritmo mais lento dos últimos 28 anos.
"O crescimento da procura energética foi fenomenal no ano passado; os primeiros dez meses registaram um crescimento de 8,7 por cento, com a indústria a manter-se como o principal motor", disse o analista Frank Yu.
A nível mundial, a Wood Mackenzie espera um "abrandamento global benigno", antecipando um crescimento de 2,8 por cento este ano e 2,6 por cento em 2020, depois de ter crescido 3 por cento no ano passado.
No que respeita à procura por petróleo, a consultora antecipa "um aumento de 1,1 milhões de barris por dia este ano e 1,3 milhões em 2020".