O projecto, que conta com financiamento internacional, destina-se a fornecer peixe fresco às populações locais, trazendo benefícios directos e indirectos para a economia da província e do país e inserindo-se na estratégia do Executivo de investimento na diversificação da economia.
O acto de lançamento da primeira pedra terá lugar no dia 25 de Janeiro, com a presença da Ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, o Governador do Kuando Kubango, Pedro Mutindi, autoridades locais e tradicionais e representantes da Aquafish e do Grupo Mitrelli.
Trata-se de um projecto chave-na-mão para a construção de um complexo de viveiros de piscicultura intensiva para reprodução de tilápia (cacusso) e produção de rações para peixe, cuja implementação terá início em Março e se estenderá por cerca de 18 meses, e que, após a sua conclusão em 2019, terá uma capacidade de produção de 500 toneladas de cacusso por ano.
O projecto inclui a construção de 38 tanques metálicos, com 20 metros de diâmetro cada, 18 tanques em terra com 300 metros quadrados cada, um laboratório, uma unidade de produção de rações e uma unidade de processamento de peixe, que poderá assim ser comercializado inteiro ou limpo em filetes. O abastecimento de água tratada é realizado através de um canal com 12 quilómetros de extensão a partir da barragem do Cuebe, com o retorno de água ao rio a ser feito por gravidade e com passagem por bio-filtros vegetais, garantindo assim um nível de poluição negligenciável.
Está ainda prevista a construção de três residências para 30 pessoas, uma cantina com capacidade para 50 pessoas e um centro de manutenção. Todo o complexo será apetrechado com equipamentos topo de gama e com a toda a maquinaria e veículos necessários à normal operação do projecto.
Para além da dimensão nacional de contribuição para a diversificação da economia e combate ao desequilíbrio da balança comercial, através da redução das importações, o projecto trará às populações da região um incremento significativo no fornecimento de peixe fresco com alto teor de proteína, contribuindo ainda para o emprego local com a criação directa de 65 postos de trabalho.
De acordo com comunicado remetido ao VerAngola, uma vez concluído, este será o segundo maior projecto de piscicultura intensiva realizado no país, depois do Centro de Larvicultura do Dondo, igualmente implantado para o Ministério das Pescas pela Aquafish, em 2015, e onde actualmente são produzidas 340 toneladas de cacusso por ano.
