A informação consta do relatório semanal do BNA sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 23 e 27 de Janeiro, e contrasta com os 325,8 milhões de euros da semana anterior.
Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se em euros desde Março de 2016 -, em vendas directas equivalentes a 707,7 milhões de dólares, cobriram, entre outras, as necessidades da indústria (155,4 milhões de euros) ou das companhias aéreas (44,7 milhões de euros).
Foram igualmente disponibilizadas na última semana divisas para a cobertura de salários para expatriados (34 milhões de euros), para o sector das Telecomunicações (43,6 milhões de euros) e para o sector da Saúde (35,8 milhões de euros). Para operações do sector Petrolífero foram vendidos, em leilões de preço, 67,1 milhões de euros, acrescidos de 58,2 milhões de euros em vendas directas ao mesmo sector.
Entre outros destinos, as divisas injectadas pelo BNA na última semana serviram ainda para garantir a importação de alimentos (7,7 milhões de euros) e para assegurar a actividade das casas de câmbio (6,3 milhões de euros) e das empresas operadoras de remessas (4,5 milhões de euros).
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, permaneceu praticamente inalterada, nos 166,732 kwanzas por cada dólar e nos 186,286 kwanzas por cada euro.
Contudo, no mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa à volta de 470 kwanzas, uma forte quebra face a semanas anteriores, que coincide com este aumento de moeda estrangeira vendida pelo BNA.