Na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016 o Governo tinha revisto em baixa a previsão do crescimento real da economia de 3,3 para 1,1 por cento do PIB.
Contudo, durante a apresentação do Plano Anual de Endividamento do Estado para 2017, o chefe do departamento para gestão macroeconómico do Gabinete de Estudos e Relações Internacionais do Ministério das Finanças, Patrício Neto, avançou com dados preliminares das contas públicas de 2016 que apontam para um crescimento económico real de apenas 0,1 por cento.
Em contrapartida, o défice das contas públicas terá ficado nos 2,3 por cento do PIB, quando na versão do OGE revista em Setembro de 2016 a previsão do Governo era de 6,8 por cento, acima dos 5,5 por cento anteriores. O aumento foi então justificado com a necessidade de um "impulso de reanimação" à economia, por via do investimento público, "que tem sido o motor do crescimento pelo lado da procura".
Patrício Neto esclareceu à Lusa que estes são números ainda preliminares, já que as contas do quarto trimestre de 2016 ainda não estão fechadas.
Além disso, outro dos indicadores governamentais aponta para o fecho de 2016 com um montante de reservas internacionais líquidas na ordem dos 22 mil milhões de dólares, suficiente para cobrir 8,1 meses de importações.
