A ministra falava em Luanda, numa palestra sobre a parceria entre o Estado e as instituições religiosas na promoção da solidariedade social, numa altura em que está em preparação uma nova lei que vai regulamentar o funcionamento das igrejas no país.
"Este ano será um ano de eleições gerais, 2017 vai constituir mais uma etapa na história moderna de Angola e nós esperamos que as igrejas aqui presentes e todas aquelas reconhecidas pelo Estado contribuam com um trabalho de educação cívica das populações, para que as populações façam das eleições um acto de cidadania", disse Carolina Cerqueira.
A governante reiterou a disponibilidade para trabalhar com as várias igrejas, mas condenou as práticas que contrariem a harmonia e bem-estar social entre os angolanos. "Todas as práticas que contrariem, que prejudiquem, que atentem contra a dignidade humana, contra a liberdade, contra o bem-estar das populações, contra o respeito pela imagem da mulher, os direitos das crianças e que contribuam para a divisão nós temos de condenar", disse.
A ministra avisou ainda da necessidade das acções das igrejas estarem "de acordo com o estabelecido pela Constituição e pela Lei". Em Angola funcionam dezenas de confissões religiosas e seitas não reconhecidas pelo Estado.