Traduzida, encenada e interpretada por Meirinho Mendes e Correia Adão, a obra é um clássico da dramaturgia mundial, refere um comunicado remetido ao VerAngola. Numa sala de interrogatório, durante o período da repressão, seguindo-se um tenso diálogo entre o preso político (Pedro) e o oficial da inteligência militar (Capitão). Em cena, dois homens que ocupam posições opostas nesta “guerra”, enfrentam-se e geram uma reflexão realista sobre a violência dos regimes opressivos.
No mesmo dia, mas pelas 20h30, no palco Bengo, a “Violência doméstica” é posta em análise pela Companhia Julu, que existe há mais de 25 anos. A fechar o primeiro dia do Festival de Teatro Angolano, o grupo vencedor do Prémio Nacional de Cultura e Arte 2016 na categoria de teatro, Amor à Arte, exibe “Resultado”, às 22h00.
Fazem ainda parte da programação o Colectivo Kelga, Estrelas de África, Pitabel, Elinga Teatro, Nguizane Tuxicane, Julu, Cena Livre, Miragens e, por fim, Etu Lene. Segundo o coordenador, Raúl do Rosário, FESTA é um evento de carácter anual, que no próximo ano irá integrar mais grupos teatrais de Luanda e não só.
O FESTA decorrerá de 12 a 15 de Janeiro, no Palácio de Ferro, no âmbito da III Trienal de Luanda. O evento, com entradas livres, albergará mais de 120 actores, num total de 10 grupos, 12 exibições e 18 horas de espectáculo em quatro dias, com a apresentação de três peças por dia.