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Vendedores dos mercados da capital preocupados com subida de preços da cesta básica

Depois da histórica taxa de inflação de 42 por cento em 2016, vendedores dos principais mercados de Luanda admitem que a subida dos preços dos bens da cesta básica continuará este ano, apesar da quebra de clientes.

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A situação foi constatada Segunda-feira pela Lusa numa ronda por estes mercados, como o de São Paulo, onde a vendedora Fineza Miguel vende agora o quilo de açúcar a 200 kwanzas, acima dos preços de Dezembro.

"O feijão também subiu. O saco de 50 quilos que estava a ser comercializado a 30.000 kwanzas, agora estamos a comprar a 36.000 e o quilo estamos a vender a 750 kwanzas", contou esta vendedora daquele mercado tradicional de Luanda.

De acordo com a Fineza Miguel, os preços nos armazéns "continuam a subir", pelo que a venda a retalho, no mercado, só "obedece à subida do preço da compra".

"Em Dezembro, saco de açúcar comprávamos a 7600 kwanzas e este mês estamos a comprar 8500 kwanzas. Subiu o óleo, já estivemos a comprar a 5500 kwanzas e agora está 6000 kwanzas, ou a massa alimentar, que estava a 2300 kwanzas e agora está a 2800 kwanzas", acrescentou a vendedora.

Os preços em Luanda subiram praticamente 42 por cento em 2016, renovando máximos históricos de 13 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a que a Lusa teve acesso na última semana.

"Também não sabemos porque é que os preços nos armazéns estão a subir mais, as coisas já estavam mais ou menos, preços já estavam baixos e agora está a aumentar. O quilo de arroz estou a vender a 300 kwanzas, o quilo da fuba a 250 kwanzas e pacote de massa alimentar a 150 kwanzas", explica, por sua vez, Josefa João, comerciante há sete anos em Luanda.

Também Lourenço Gomes, vendedora no São Paulo há três anos, também confirma que os preços estão de novo a subir, mesmo sem explicar porquê. Ainda assim está a tentar "aguentar" o embate da crise.

"Os preços subiram mais nos armazéns, mas eu continuo com o mesmo preço do ano passado", explicou, apontando como o litro de óleo, que vende a 500 kwanzas, o quilo de trigo, a 200 kwanzas, ou de feijão, que continua a vender a 1000 kwanzas.

"Quanto aos clientes, esse mês está negativo, temos poucos clientes", acrescentou a vendedora.

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