De acordo com o documento, em que consta a informação sobre o contrato de investimento privado a celebrar entre a Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), estatal, e o grupo angolano Packgem, a fábrica vai assegurar impressão gráfica de embalagens a caixas e revistas, reduzindo as importações.
A unidade vai beneficiar de vários incentivos fiscais ao abrigo deste acordo de investimento e será instalada na Zona Industrial do Kikuxi, em Viana, arredores de Luanda. Prevê uma capacidade instalada para produção de 686,4 milhões de embalagens por ano e a impressão de mais 360 mil toneladas de papel também anuais.
"A investidora prevê que no ano de cruzeiro do projecto de investimento, a partir do quinto ano de actividade, a fábrica produza em média 50 por cento da sua capacidade instalada", lê-se no contrato de investimento, de 29 de Dezembro, em que a Packgem se compromete a contratar 127 trabalhadores angolanos e a substituir progressivamente por nacionais os restantes 33 expatriados.
A fábrica deverá estar pronta a funcionar em 18 meses e prevê, como impacto social, a substituição das importações, a transferência de tecnologia e o abastecimento do mercado interno, tendo em conta a que a "insuficiência" da produção nacional nesta área.
O grupo Packgem prevê atingir a médio prazo "pelo menos 50 por cento de quota de mercado" em Angola. Por se tratar de um investimento superior a 10 milhões de dólares, o contrato teve de ser autorizado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, prevendo a redução de 42,5 por cento no pagamento pelos promotores dos impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais, e da aquisição de terrenos e imóveis, durante seis anos.