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Construção

China constrói 2200 quilómetros de estradas e leva luz a 480.000 casas

Empresas chinesas vão garantir a ligação eléctrica a 480.000 de casas angolanas, construir e reabilitar mais de 2200 quilómetros de estradas e implementar 39 sistemas de abastecimento de água, entre 155 diferentes projectos.

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A informação consta do plano operacional da Linha de Crédito da China (LCC) a Angola, elaborada pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento, avaliado em 5,2 mil milhões de dólares.

De acordo com o documento, ao qual a Lusa teve acesso, só o sector da construção prevê obras em estradas nacionais numa extensão total de 2242 quilómetros, colocando a prioridade nas ligações entre as zonas leste e sul. Neste âmbito, o Governo angolano destaca ainda a estrada entre as províncias do Zaire e do Uíge, no norte do país, entre os 33 projectos para este sector, que vão mobilizar 1.644.282.124 dólares.

Na área da energia e águas serão construídos 34 sistemas de abastecimento de água em sedes de municípios e cinco em sedes de províncias "com grande concentração de população", nomeadamente Zaire, Malanje, Huambo, Bié e Cabinda.

É proposta ainda a implementação de electrificações e ligações domiciliares com base no princípio de "grandes aglomerados populacionais", nomeadamente com 450.000 ligações a partir do novo Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca às regiões do centro e sul do país e mais 30.000 ligações domiciliares às cidades de Benguela, Huambo, Cabinda e Huíla.

No sector dos transportes estão previstos quatro projectos que vão representar um investimento de 135 milhões de dólares, como a construção de dois novos terminais rodoviários em Cacuaco e Panguila (Luanda) ou a reabilitação do aeroporto de Cabinda.

As empresas chinesas vão ainda ser chamadas a construir 35 escolas primárias, 10 institutos médios politécnicos e nove escolas de formação de professores, mobilizando mais de 373 milhões de dólares do total da LCC e "beneficiando" 49.140 alunos.

Vão ainda nascer duas novas universidades, nas províncias do Cuanza Sul e do Cuando Cubango, e hospitais municipais (envolvendo também o apetrechamento) em Catete, Porto Amboim e Caluquembe, estes últimos "por não existirem quaisquer infra-estruturas hospitalares daquele nível e por se situarem no perímetro transfronteiriço de Luanda", lê-se no plano operacional.

Foi ainda proposto pelo Governo angolano à LCC a reabilitação e apetrechamento de seis centros médicos em Luanda e o apetrechamento de cinco hospitais provinciais (Cuanza Norte, Uíge, Lunda Sul e Lunda Norte) e de dois hospitais de especialidade (sanatório e hospital de queimados) em Luanda. O sector da saúde conta com 16 projectos identificados e um investimento da linha de crédito superior a 293 milhões de dólares.

A agricultura conta com apenas três projectos, mas que mobilizam 137,5 milhões de dólares, para construção por empresas chinesas de perímetros irrigados. Casos de Calueque, na província do Cunene (1.400 hectares), de Capanda, em Malanje (13.500 hectares), e de Missombo, no Cuando Cubango (1000 hectares), para a produção de hortícolas, frutas, soja e milho.

Na indústria, e "com vista à criação de infra-estruturas que fomentem o processo de diversificação da economia", lê-se no documento, o Governo angolano propôs a construção de seis polos de desenvolvimento, de 100 hectares cada, "com um potencial gerador de 20.080 empregos", mobilizando 380,9 milhões de dólares.

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