"No âmbito do Plano Estratégico do Executivo angolano em tornar Angola num hub regional, alinhado aos objectivos regionais da SADC" o país oficializou, esta Terça-feira, a sua ligação com a RDC e a Zâmbia, "por meio de uma rede de fibra óptica terrestre".
Segundo um comunicado do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a que o VerAngola teve acesso, a conexão em fibra terrestre com a RDC "foi feita entre as operadoras Angola Telecom e a Liquid DRC através de dois circuitos ponto-a-ponto, interligando, nomeadamente Luanda e Kinshasa, numa extensão de 1150 quilómetros com a capacidade de 40 Gbps [Gigabits por segundo], e por Luanda a Cabinda, por via da comuna do Noqui, na província do Zaire, dos quais 690 quilómetros entre Luanda a Nóqui, que irá possibilitar o acesso aos serviços de voz e dados a usuários nacionais e internacionais".
Segundo a tutela, "o plano de expansão da rede de fibra óptica terrestre", tem previsto alcançar "canais ópticos de até 100 Gbps cada".
Por sua vez, a conexão entre Angola e Zâmbia foi concretizada entre a Unitel e a MTN, "numa ligação ponto a ponto com a fronteira da Zâmbia, na zona de Karipande (Moxico), até a estação PoP da empresa, Angola Cables, em Luanda, com uma extensão de aproximadamente 2000 quilómetros".
O ministério acrescenta que a rede diz respeito a um "sistema DWDM com canais óptico de 10 Gbps".
A tutela refere ainda que a execução das referidas ligações, "certamente constitui um momento histórico para os três países, em especial para a SADC", visto que irá permitir que os países que fazem fronteira com a Zâmbia e a RDC "tenham acesso regular aos serviços de comunicações e de electrónica por via da República de Angola".
Segundo a Angop, a referida ligação foi inaugurada através de videochamada, numa ligação realizada por Mário Oliveira, ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, tendo o acto sido presenciado por João Lourenço e pelos presidentes da Zâmbia e da RDC.