Os equipamentos financiados pela União Europeia devem garantir maior certificação da qualidade dos produtos angolanos, visando a sua comercialização internacional, sobretudo no espaço europeu, disse a embaixadora da UE em Angola, Rosário Bento, que fez o anúncio durante uma visita ao laboratório.
A diplomata falava no final da visita, em Luanda, onde formalizou entrega de equipamento laboratorial, já instalado no laboratório de microbiologia, e salientou que os equipamentos não representam apenas uma contribuição material.
O apoio visa reforçar as capacidades nacionais de controlo de qualidade dos alimentos para assegurar o cumprimento das normas técnicas e de segurança sanitárias e fitossanitárias mas "enriquecem ainda mais o teor da nossa cooperação com o Governo de Angola e ao mesmo tempo é também um sinal tangível de progresso e desenvolvimento da mesma cooperação", referiu.
O apoio da UE ao projecto, implementado pelo Ministério da Agricultura e Florestas, entidade que tutela o Laboratório Central Agro-alimentar, contempla também a assistência técnica e formação de formadores para o manuseio dos equipamentos.
"Vamos dar capacitação ao país para poder dar formação a nível nacional e estamos aqui para poder contribuir para essa certificação internacional que se almeja", disse Rosário Bento.
O secretário de Estado para as Florestas, André Moda, sinalizou a importância do SNCQA para a segurança alimentar dos cidadãos, pedindo dedicação e empenho dos técnicos laboratoriais.
Em relação à certificação internacional do laboratório, localizado no município de Cazenga, em Luanda, o governante disse que o processo está em curso, sem, no entanto, avançar um horizonte temporal.
André Moda referiu ainda que o país conta com 26 laboratórios de controlo de qualidade, "pouco equipados" e lamentou que um terceiro lote do equipamento para o Laboratório Central Agro-alimentar, no âmbito do financiamento da UE, esteja ainda "bloqueado" pelos serviços tributários angolanos.