De acordo com a directora-geral daquela unidade, Lígia Alves, que falava à imprensa à margem da vista efectuada ao hospital pelo Conselho Provincial da Juventude de Luanda, além desta procura há ainda o registo de mais de 250 consultas externas por dia e, por outro lado, "o hospital não pode rejeitar doentes".
"O fluxo de doentes é que é grande a nível das unidades hospitalares e nós atendemos todo mundo. O hospital não pode rejeitar doentes, então o ideal é acomodá-las. Fizemos os possíveis para pôr uma em cada cama, mas quando as camas estão todas ocupadas vemos consoante a situação clínica e colocamos duas em cada cama. O importante é trata-las e elas saírem daqui bem. Esse é o nosso objectivo", admitiu.
De acordo com a responsável, diariamente aquela unidade regista ainda "cerca de 45 partos", com uma mortalidade materna à volta de 0,5 por cento. "A maior parte nasce vivos e essa é a nossa principal alegria", disse Lígia Alves, admitindo que grande parte das mulheres que morrem no parto resulta da falta de atendimento pré-natal.
A responsável assegurou também que, contrariamente a outras unidades, a maternidade Augusto Ngangula não tem escassez de vacinas que são dadas à nascença, apesar da forte procura.
Sem avançar números, a directora da instituição classificou ainda como "preocupante" o número de gravidezes precoce que o hospital atende em crianças da faixa etária entre os 13 e 17 anos. "As gravidezes precoces têm estado a aumentar nos últimos tempos e esta situação é de facto preocupante", concluiu.