A construção do satélite, que vai reforçar as comunicações nacionais e internacionais, está a cargo de um consórcio russo e arrancou a 19 de Novembro de 2013, cerca de 12 anos depois de iniciado o processo. Essa construção deveria prolongar-se por 36 meses (Novembro de 2016), calendário que o Governo garantiu anteriormente estar a ser cumprido integralmente.
A informação com a nova data prevista para o lançamento foi transmitida aos jornalistas pelo ministro José Carvalho da Rocha na Quinta-feira, durante uma visita ao futuro centro de controlo do satélite, no município de Cacuaco, em Luanda.
De acordo com o governante, a construção do satélite está concluída, mas decorre ainda a formação de especialistas para o operar. Por esse motivo, prevê que o Angosat-1 estará em órbita no início do terceiro trimestre de 2017.
O AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, Internet e governo electrónico, devendo permanecer em órbita "na melhor das hipóteses" durante 18 anos. "Não só vai prestar serviços à população, como a toda a região, vai também provocar uma revolução no mundo académico angolano, com a transferência de conhecimento", explicou em Maio último o ministro José Carvalho da Rocha.
Na mesma ocasião, o governante afirmou que a crise no país não vai condicionar o lançamento do primeiro satélite angolano, avaliado em 2013 em 37 mil milhões de kwanzas.
"O satélite vai cobrir todo o continente africano e uma parte da Europa. Nós vamos ter capacidade para servir as nossas necessidades e prestar serviços a outros países da região de cobertura do AngoSat. Temos que procurar aqueles projectos que possam trazer divisas para o nosso país", explicou o ministro.
Uma informação do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação refere apenas que as duas partes, Governo angolano e consórcio estatal russo, "vão continuar a trabalhar juntos para que o projecto Angosat termine no tempo estipulado".
Este projecto espacial envolve os governos de Angola e da Rússia e o centro de controlo em construção em Luanda será operado por 45 técnicos especializados. O principal centro de controlo do primeiro satélite estará localizado em Korolev, na Rússia.
A construção satélite envolve ainda cerca de 30 empresas subcontratadas e a formação na Rússia de técnicos angolanos para a sua operação. O AngoSat-1 é um dos sete projectos previstos ao abrigo do Programa Espacial Angolano e que envolve a formação de quadros, a transferência de conhecimentos nesta área e o lançamento da Agência Espacial Angolana.