Ao falar no fim da visita de João Lourenço à empreitada, o ministro dos Transportes, Ricardo D'Abreu informou que a transferência de serviços começará no segundo semestre de 2023.
"É um procedimento complexo e, obviamente, que o seu trabalho irá arrancar em meados do próximo ano ou início do próximo ano, para dar tempo do ponto de vista da organização das próprias companhias aéreas a nível do aeroporto, quer em termos de horários, quer em termos de condições físicas de trabalho", disse o governante, citado numa nota do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.
Ricardo D'Abreu referiu igualmente que a empreitada do novo aeroporto está a entrar em fase de acabamentos, "restando alguns equipamentos que precisam ser concluídos".
Disse ainda estarem convencidos de que a partir de Abril ou Maio de 2023 já tenham pessoas a trabalhar integralmente no aeroporto: "Estamos convencidos que a partir de Abril, Maio, do próximo ano já vamos poder ter pessoas aqui a trabalhar a tempo integral, já vamos ter uma outra organização e um outro acabamento de todo este projecto, até que iniciemos os voos de passageiros no final de 2023".
Mencionou igualmente o processo de certificação, garantindo que "decorre sem constrangimentos e que até o final do próximo ano estará concluído".
"As coisas estão, felizmente, a andar bem e vamos continuar a andar, a trabalhar, com empenho, dedicação e muito compromisso", acrescentou.
Segundo a nota, sobre os serviços conexos ao aeroporto, tais como hotéis e restaurantes, assegurou que as obras "decorrem bem e devem estar operacionais no momento da sua activação e operacionalização".
"Depois, nós temos aqui um outro projecto que também estamos a dinamizar que é a Cidade Aeroportuária do Icolo e Bengo que estamos convencidos que essa, sim, será a grande Smart City do nosso país", avançou o titular da pasta dos Transportes, acrescentando que o Governo quer que "haja maior envolvimento do sector privado na prestação dos serviços aeroportuários".
Disse ainda estarem a "criar as condições de facilitação para que o sector privado seja ele a ocupar esse espaço de forma ordenada, de forma organizada e sustentável", para terem "um aeroporto moderno" e que "orgulhe a todos".
Ricardo D'Abreu disse igualmente que estão "estancadas as construções anárquicas no perímetro do aeroporto" e anunciou "a construção de um bairro, designado Projecto N'golome, para acolher as populações vulneráveis".
"Estamos também a construir escolas, um mercado para a população, um ponto de venda, para garantir alguma sustentabilidade para essas famílias", indicou Ricardo D'Abreu.
De acordo com uma nota, o novo aeroporto "vai entrar em pleno funcionamento no mês de Dezembro de 2023".
Mais receitas e visibilidade internacional com novo aeroporto de Luanda
Por sua vez, o Presidente da República considerou que com o arranque do novo aeroporto o país vai ganhar mais receitas e "visibilidade internacional".
"De uma forma geral, mais receitas vão entrar para os cofres do Estado. Portanto, o país vai ganhar em termos de receitas, mas também em termos de visibilidade internacional", disse João Lourenço, ao falar no final da sua visita às obras.
De acordo com uma outra nota do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, na visita o chefe de Estado percorreu as diferentes áreas do novo aeroporto e "recebeu garantias sobre a data de conclusão".
"No final desta visita ficamos com maior garantia de que efectivamente teremos o Novo Aeroporto Internacional de Luanda 'Dr. António Agostinho Neto', pronto no próximo ano de 2023", indicou João Lourenço, citado na nota.
Referiu igualmente que o Governo está a trabalhar para "não só para concluir as obras físicas", mas também para conseguirem "fazer coincidir a conclusão das obras com os certificados que são necessários para que o aeroporto possa operar".
"Estamos a trabalhar, não só para concluir as obras físicas, como também para conseguirmos fazer coincidir a conclusão das obras com os certificados que são necessários para que o aeroporto possa operar. Portanto, estou a me referir aos certificados das instituições competentes, no caso a ICAL. Portanto, estamos a trabalhar neste sentido. Acredito que na altura da inauguração estaremos habilitados a operar este importante aeroporto", disse.
Aproveitou ainda para referir que os acessos ao aeroporto se assumem como uma preocupação do Governo, tendo deixado recomendações "muito precisas" aos responsáveis dos domínios da construção e dos transportes para que sejam terminados.
"O volume de passageiros será muito grande e com os actuais acessos, com certeza, vamos criar grandes constrangimentos e não é isso o que pretendemos", disse, garantindo que o Executivo se encontra a tratar dos acessos, rodoviários e ferroviários, para simplificar a vida dos passageiros.
Ocupando uma área de 1.324 hectares, o aeroporto "Dr. António Agostinho Neto" tem capacidade para albergar 15 milhões de passageiros por ano e 50 mil toneladas de mercadorias anualmente.
