A responsável frisou que dos 13 pontos apresentados pelo sindicato, dez já foram resolvidos. "Há consenso. Nós e o SINPROF concordamos que os três pontos podem começar a ser resolvidos a partir de Janeiro. Sempre dissemos que não podemos resolver todos os problemas em simultâneo", afirmou Luísa Grilo à RNA.
De acordo com o Ministério da Educação, a ministra visitou três diferentes escolas, onde "onde in-loco constatou a presença de alunos que estão a efectuar as provas do primeiro trimestre e dos muitos professores que regressam ao trabalho".
Afirmou ainda que o número de presentes é satisfatório, tendo em conta que muitos alunos já realizaram as provas, encontrando-se neste momento em pausa lectiva.
Luísa Grilo constatou ainda, no Instituto Politécnico Alda Lara, que as provas realizadas na semana passada estão já a ser corrigidas: "Os alunos foram avaliados. A direcção da escola é organizada. Ouvi dos professores que antes da greve já tinham as provas elaboradas. As provas foram elaboradas pelos coordenadores, como é importante frisar. Não foram os administrativos. As provas foram vigiadas por todos, inclusive pelos professores que não aderiram à greve, apoiados por alguns funcionários administrativos", garantiu a ministra.
Segundo o director do Instituto Politécnico Industrial de Luanda (IPIL), Milton Silva, as provas estão a decorrer de forma a priorizar os alunos que não as realizaram anteriormente, durante a greve. Ao Jornal de Angola, o responsável fez saber que algumas classes, como o 10.º e 11.º anos foram muito afectadas pela greve dos professores.
"Em princípio, nós calendarizamos para até dia 23 do corrente mês, mas de forma interna também organizamos de modo a que o calendário oficial fosse revisto, devido ao leque de disciplinas que contemplam os planos curriculares. Vamos dar primazia às componentes científicas e técnicas", afirmou.
As aulas nas escolas públicas do ensino geral retomaram esta Segunda-feira – com provas do primeiro trimestre a decorrerem – após quase duas semanas de interregno devido à segunda fase da greve dos professores.
Se não existir entendimento com o ministério, o SINPROF deverá avançar para uma terceira fase em Janeiro, a ser decidida em assembleia de professores.