A ideia visa retratar a originalidade e beleza de um povo africano no seu resgate cultural, sendo que o mural tem uma linguagem de ligação do homem e da natureza, segundo escreve o Jornal de Angola.
De acordo com o mesmo jornal, com esta obra, o Movimento de Arte Livre (MAL) deseja, através da arte urbana, fazer com que a comunidade viaje no tempo, deambule pelas origens, no sentido de compreender que tudo se inicia de um sonho.
A constituição principal do mural – pintado entre 16 e 22 de Novembro – é "a menina simboliza o povo sonhador, as máscaras constituem objectos de evocação e a ligação dos homens aos antepassados", escreve o Jornal de Angola.
Em declarações ao Jornal de Angola, Raffa referiu que esta iniciativa se traduz num "brinde" do MAL a todos os habitantes de Luanda, sendo que aparece no seguimento de outras acções de intervenção urbana em Luanda e outras zonas do país.
Na elaboração do mural, além de Raffa, juntou-se igualmente Batalha e Rosa.
Grafiteiro e artista urbano, Manuel Batalha, que tem 19 anos, visa desenvolver as suas aptidões bem como colaborar com a sua arte para o engrandecimento da cultura nacional, escreve o Jornal de Angola. Por sua vez, Rosa Lucinda, com 21 anos, faz graffiti há três anos (em 2019) sendo que se encontra focalizada em dar o seu melhor no sentido de contribuir para a arte nacional.
Já Manuel André Pedro, mais conhecido por Raffa, é um artista plástico, grafiteiro e fundou o MAL. No seu currículo consta igualmente a participação na pintura da Serra da Leba, cujo lançamento teve lugar em 2015 por artistas do Brasil e que gerou o filme Murais da Leba, entre outros projectos, sendo que neste momento trabalha em iniciativas desenvolvidas pelo movimento que fundou, entre outros.
Segundo o Jornal de Angola, o MAL, também conhecido de Tribo MAL, foi fundado em 2013, em Viana, e visava transformar aquele município numa "galeria a céu aberto de arte urbana".