Para a realização destas cirurgias gratuitas, uma equipa de cirurgiões do Quénia vai-se deslocar até ao país.
Em declarações ao Novo Jornal, Preciosa Bento Pires, assistente do programa Smile Train-Angola, explicou que a organização visa partilhar experiência para com os médicos angolanos, com o objectivo de que no futuro os profissionais angolanos sejam capazes de realizar operações deste género.
As operações vão acontecer entre 10 e 15 de Janeiro, no Hospital Geral do Lubango, na Huíla. A responsável fez saber que as cirurgias vão ser realizadas por oito médicos especialistas em cirurgia maxilo-facial do Quénia.
Esta não é a primeira vez que a organização realiza cirurgias no país: em 2019, a Smile Train concretizou 70 operações e em 2020 realizou 107, perfazendo um total de 177 cirurgias em Angola.
"Agora prevemos operar 200 pacientes. E temos uma boa adesão de pessoas com este problema", informou a assistente.
A responsável fez ainda saber que nas duas vezes anteriores em que operaram no país, a capital foi a província que apresentou um maior número de pacientes. Para o próximo ano, Luanda não foge à excepção, continuando a ocupar o primeiro lugar da lista de províncias com mais pacientes.
Ao Novo Jornal, a responsável também mencionou que as maiores dificuldades se prendem com o transporte dos pacientes para a Huíla: "A nossa grande dificuldade é o transporte dos pacientes das províncias onde se encontram para a Huíla".
Contudo, Preciosa Bento Pires elucidou que algumas províncias disponibilizaram transporte e afirmou que na Huíla, mesmo que alguns pacientes não tenham onde ficar alojados "podem ficar na ONG 'Crianças Felizes'" que é um parceiro da organização internacional.
A Smile Train é uma organização sem fins lucrativos que oferece operações correctivas a pessoas com fissura nos lábios. Sedeada no Quénia, esta organização existe desde 1999 e está presente em 85 países.
