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Covid-19: ministra de Estado para Área Social desvaloriza impacto do isolamento face à África austral

A ministra de Estado para Área Social desvalorizou no passado Sábado o impacto económico da suspensão de ligações com sete países africanos, admitindo que a medida será revertida com o evoluir da situação pandémica.

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Angola anunciou na semana passada a suspensão temporária de ligações com sete países africanos — África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Maláui, Moçambique, Namíbia e Zimbabué — a partir de 1 de Dezembro, devido ao aparecimento da nova variante Ómicron do SARS-CoV-2 na África do Sul.

"Foi uma medida que tomámos de emergência devido às consequências que poderiam advir, mas que não quer dizer que não possamos revê-la e adaptá-la ao evoluir da situação", disse Carolina Cerqueira, que falava aos jornalistas à margem do Congresso da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, que decorreu desde Sexta-feira e até Domingo em Carcavelos, concelho de Cascais.

Questionada pela Lusa sobre as consequências económicas dessa medida para a população angolana, a ministra disse que "vai agravar tanto como agravou até agora a pandemia".

"O tecido social ficou desestabilizado com a pandemia, a economia retrocedeu, as famílias ressentiram-se na diminuição do seu poder de compra. O Governo tentou compensar essas faltas e essas carências com ajuda alimentar às populações mais necessitadas. Estamos a abrir a nossa economia aos poucos", disse.

A ministra acrescentou ainda que Angola já tem cerca de 30 por cento da população vacinada contra a covid-19, e mostrou-se confiante de que "a população angolana acima de 18 anos vai ser vacinada na sua maioria", embora sem avançar com prazos temporais.

"Nós conseguimos alargar a rede de vacinação a nível do país, tanto através das ajudas que nos têm vindo a ser dadas por vários países, entre os quais destacamos os Estados Unidos da América, Portugal e a China, como também pelo facto de nós, Governo angolano, estarmos a adquirir vacinas, (...) com meios financeiros disponibilizados pelo Orçamento Geral do Estado", disse a ministra.

Carolina Cerqueira acrescentou que as autoridades angolanas já vacinaram também um grande número das populações nómadas, grupos tradicionais que existem sobretudo no sul e sudeste de Angola.

"Pensamos que a nível da África austral, nós somos dos países que temos resultados mais positivos. Aliás, dos países vizinhos, a RDCongo e Congo Brazzaville, nós sentimos que Angola efectivamente está a levar muito a sério a contenção da pandemia", concluiu.

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