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País vai regulamentar uso de fertilizantes na agricultura para mitigar alterações climáticas

As autoridades ambientais anunciaram que o uso de fertilizantes para a agricultura no país será regulamentado, visando a mitigação das alterações climáticas, à luz da Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC) de Angola 2020-2035.

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Segundo o director Nacional do Ambiente e Acção Climática, Giza Martins, a ENAC é composta por cinco pilares, entre as quais a mitigação que corresponde às actividades que "possam contribuir para reduzir, evitar ou remover emissões de gazes com efeito estufa".

A regulamentação o uso de fertilizantes no país, explicou, enquadra-se no "domínio da mitigação, porque o seu uso, quando não é feito de forma adequada, quando não são utilizadas quantidades certas ao tipo de solo, resulta em empobrecimento dos solos".

"E a redução da capacidade deste solo em absorver o carbono, portanto é importante que o uso do fertilizante seja adequado e, para tal, propõe-se alguma regulamentação, para além do treinamento para quem faz uso", afirmou, em declarações à Lusa.

O responsável que falava esta Terça-feira, em Luanda, no âmbito da quarta mesa redonda sobre Alterações Climáticas, com o foco na agricultura, deu conta que a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas inscreve outros quatro pilares.

Além da mitigação, a ENAC compreende igualmente os pilares da adaptação dos efeitos das alterações climáticas, o financiamento climático, a capacitação e transferência de tecnologia e a observação sistemática e análise de parâmetros climáticos.

De acordo com Giza Martins, um conjunto de acções e projectos concretos, denominados projectos-piloto com o apoio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), estão já em curso em algumas províncias do país visando dar corpo aos objectivos da ENAC.

"São projectos-pilotos que têm como objectivo fazer a demonstração a nível nacional de qual o resultado possível quando as medidas contidas na estratégia são aplicadas", realçou.

"Neste momento estão a ser apresentados quatro projectos, são iniciativas concretas com enfoque muito grande no centro sul do país", notou.
O director Nacional do Ambiente e Acção Climática disse igualmente que está em curso o fortalecimento da capacidade dos agricultores em alinharem as suas práticas ao comportamento do clima.

Em relação ao Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (Inamet) "também foi fortalecida a sua capacidade de fazer previsão e modelagem climática", frisou.

A mesa redonda sobre alterações climáticas, com o foco na agricultura, foi promovida pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, em parceria com a embaixada do Reino Unido em Angola.

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