As ‘Pérolas’, como são conhecidas as jogadoras da selecção nacional, perdiam ao intervalo por 7-10, mas uma consistência defensiva na segunda parte, em que sofreram apenas quatro golos, garantiu o 13.º título continental, mantendo um domínio quase total desde 1989, ano em que venceu a prova pela primeira vez, só perdido para a Nigéria (1991), Costa do Marfim (2006) e Tunísia (2014).
Na disputa pelo terceiro lugar da 23.ª edição da competição, a República Democrática do Congo venceu a congénere dos Camarões por 33-21 e, tal como Angola e Senegal, conquistou um lugar no campeonato do mundo de andebol, a disputar em 2019, no Japão.
Ao longo da prova, que decorreu em Brazzaville, na República do Congo, a seleção teve um percurso imaculado e repleto de goleadas. Na fase de grupos, Angola derrotou sucessivamente a Guiné-Conacri (40-17), Marrocos (50-14), República Democrática do Congo (33-24) e a anfitriã República do Congo (32-19).
Nos quartos de final, a selecção derrotou a Argélia por 41-17 e, nas meias-finais, os Camarões por 25-16, fase em que o Senegal derrotou a República Democrática do Congo por 22-21.
A selecção nacional viu também premiada a ‘pivot’ Albertina Cassoma como jogadora mais valiosa do campeonato, que também integra o ‘sete ideal’, ao lado das companheiras de equipa Isabel Guialo e Azenaide Carlos, ambas laterais.
Albertina Cassoma, que, aos 22 anos, já venceu o campeonato africano nas edições realizadas em Marrocos (2012) e Luanda (2016), ‘destronou’ a compatriota Natália Bernardo, vencedora do prémio na prova disputada na capital.
Além das três jogadoras angolanas, integram o ‘sete ideal’ do campeonato de andebol feminino de África a senegalesa Sokou (guarda-redes), a congolesa Cristiane Mwasessa (meia distância, central), a tunisina Hamela Bi (ponta direita) e a senegalesa Wa Diop (ponta esquerda).