A informação foi avançada pelo secretário de Estado para as Tecnologias de Informação, Manuel Homem, à margem da cerimónia de lançamento do Angosat, a partir de Cazaquistão.
"Há já um trabalho de colocar disponível para as entidades interessadas o Angosat. Localmente, os prestadores de serviços das telecomunicações e das tecnologias de comunicação têm reservas alocadas ao Angosat", disse em declarações à televisão pública.
Fora do continente africano decorre a divulgação do satélite, que tem já comercialmente 40 por cento da sua capacidade reservada, um projecto que teve o envolvimento de mais de 150 especialistas, entre políticos e técnicos.
"É um processo de darmos a conhecer, o satélite tem uma cobertura de uma parte para a Europa, o trabalho já está a ser feito, de dar a conhecer o Angosat, porque essas infraestruturas de satélite, os outros operadores têm também o interesse de poder fazer parcerias no processo de revenda desses serviços", disse.
Manuel Homem considerou "gratificante" ver concretizado um projecto que nasceu há mais de dez anos, desde o início das negociações até ao seu lançamento.
Para gestão e operacionalização do satélite, o Governo formou 47 especialistas em Angola e no exterior, onde foram realizadas especializações em mestrado e doutoramento. "Temos 15 anos de exploração e para pensar em outros projectos espaciais. Pensar na construção de outros satélites", disse o governante, realçando que foi construído um centro de controlo e emissão de satélites em Luanda, que terá a capacidade de gerir os próximos satélites que forem produzidos para Angola e de outros países.
"É preciso rentabilizar todo esse investimento para que, de facto, possamos tornar-nos num hub de gestão de serviços espaciais", referiu.
O Angosat, um investimento público de 320 milhões de dólares, foi construído por um consórcio estatal russo, teve o seu lançamento com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia.
