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Pedido de vistos para Portugal volta a bater recorde em 2016

O consulado-geral de Portugal em Luanda emitiu este ano mais de 55 mil vistos em passaportes, um aumento de cerca de 10 por cento face a 2015.

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Segundo números avançados à Lusa por aquele consulado, deram entrada em Luanda, entre 1 de Janeiro e 10 de Dezembro, um total de 63.304 pedidos de visto, um aumento de 12 por cento em termos homólogos, tendo sido atribuídos 55.378 (entre Espaço Schengen e apenas para território nacional português).

Trata-se um aumento de quase 5000 vistos atribuídos num ano (+9,8 por cento), com Luanda a voltar a apresentar, em 2016, o maior movimento na rede consular portuguesa, contando actualmente com 45 trabalhadores, entre funcionários do Estado português e de uma empresa de prestação de serviços.

"Como o comprovam os números, a crise não veio alterar a tendência crescente dos pedidos de visto Schengen no consulado-geral de Portugal em Luanda. Apesar das dificuldades que se vivem no país, o constante aumento dos pedidos de vistos vem comprovar que Portugal não é um mero destino turístico para os angolanos, cujo fluxo varia ao sabor das crises", afirmou, em declarações à Lusa, a cônsul-geral, Alexandra Bilreiro.

De acordo com a diplomata, os angolanos continuam a viajar para Portugal "para turismo, mas sobretudo visitar familiares, fazer negócios, ou também por motivos de saúde". "Muitos têm familiares a viver, estudar ou trabalhar em Portugal, o que lhe permite algumas poupanças no alojamento, e Portugal permanece um destino relativamente barato, comparado com outros destinos europeus ou outros destinos de férias", refere a cônsul em Luanda.

Acrescenta que as campanhas promocionais de algumas companhias aéreas "também tem contribuído para este fluxo", embora as rotas escolhidas por vezes não sejam as directas, "por motivos financeiros".

"Nota-se igualmente a variação dos pedidos em função da disponibilidade de divisas [euros] na banca comercial", explica Alexandra Bilreiro, dando conta que os "carimbos comprovam que efectivamente [quem pede vistos] viajam".

Além do consulado-geral, em Luanda funciona ainda, desde Julho deste ano, um Centro de Vistos, assegurado uma empresa externa, com cerca de 40 trabalhadores, que trata especificamente dos pedidos de vistos. "Permitiu um ligeiro aumento do número de atendimento dos requerentes de visto, mas sobretudo permitiu melhorar substancialmente a qualidade do atendimento do utente", reconhece Alexandra Bilreiro.

Segundo a cônsul, o prazo de devolução do passaporte "é sensivelmente o mesmo" de 2015, e a proximidade deste centro às instalações do consulado - poucos metros - é "também uma mais-valia", ao permitir aos utentes "deslocarem-se facilmente de um para outro, seja para solicitar informações, entregar documentos, ou saber qual o estado do seu processo de pedido de visto".

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