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Saúde

País tem apenas 2700 médicos em funções mas vai contratar mais 1500

O nosso país tem em funções apenas 2700 médicos dos 5000 inscritos na ordem daqueles profissionais, 700 dos quais espalhados pelos 165 municípios do país e um rácio de 0,3 médicos por dez mil habitantes.

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Os dados foram avançados pelo ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, num encontro que manteve com médicos angolanos, para abordar a admissão, este ano, de 482 médicos e outros 900 em 2017.

Luís Gomes Sambo disse que as estimativas apontam para a existência de entre 1500 a 2000 médicos à espera de admissão. Acrescentou que uma decisão recente do Presidente da República permitirá admitir cerca de 1500 médicos até ao próximo ano, estando a prioridade virada para os municípios.

"Dos 165 municípios do país, 46 poe cento não tem médicos nacionais, neste momento temos cerca de 700 médicos nacionais a trabalharem nos municípios, mas o rácio ainda é muito baixo. Temos cerca de 0,3 médicos por cada 10 mil habitantes a trabalhar por município e há províncias como o Bié e o Cuando Cubango, onde a situação está abaixo do indicador mencionado", disse Luís Gomes Sambo.

Segundo o governante, os médicos que se pretendem admitir visa o preenchimento do hiato entre as estruturas do Serviço Nacional de Saúde, os postos de saúde e as comunidades. O ministro frisou que o orçamento para o sector da saúde sofreu uma redução, contudo, há ainda um nível orçamental que permite o seu funcionamento.

Acrescentou que além dos recursos financeiros há necessidade para um bom funcionamento e desempenho do sector de saúde, dos recursos tecnológicos e sobretudo os recursos humanos.

"Existem dificuldades sobretudo de ordem orçamental, mas apesar disso houve decisões excepcionais da parte do Presidente da República, que nos vão permitir resolver uma boa parte deste problema de admissão de médicos no Serviço Nacional de Saúde", realçou.

O titular da pasta da Saúde informou que, em colaboração com o Ministério da Administração do Território, está a trabalhar no processo de municipalização dos serviços de saúde, o que implica a melhoria no atendimento médico e sanitário às populações a nível dos municípios.

De acordo com o ministro, isto pressupõe o reforço da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, a nível dos hospitais municipais, dos centros de saúde e dos postos de saúde. "Pretendemos mesmo chegar a nível comunitário, com os Agentes de Desenvolvimento Comunitário, e para este processo os médicos são importantes", disse.

Adiantou também que o objectivo é chegar-se ao nível do médico de família, que ainda não é prática em Angola, mas primeiro é necessário reforçar a capacidade de atendimento ao nível municipal e depois nas comunidades.

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