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Diversificação económica “tem apresentado resultados assinaláveis”, diz MPLA

O Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), recomendou ao Governo angolano a adopção de medidas que permitam acelerar a diversificação da economia do país, centrada no petróleo. Agricultura, indústria ou turismo são algumas das actividades prioritárias para a diversificação da economia nacional.

Sapo:

A informação consta do comunicado final, enviado à agência Lusa, da segunda reunião ordinária de 2015 do Bureau Político do Comité Central do partido, que decorreu ontem, dia 20, em Luanda sob direcção do líder do MPLA e Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para analisar, nomeadamente, a governação do país.

Sobre a diversificação da economia angolana, numa altura em que as receitas fiscais do país desceram fortemente, face à quebra da cotação internacional do barril de petróleo, aquele órgão político concluiu que esse processo "tem apresentado resultados assinaláveis".

Ainda assim, recomendou ao executivo "a tomada de medidas apropriadas, com vista à aceleração da implementação dos principais programas e projectos, que conformam a estratégia da diversificação da economia nacional".

A Assembleia Nacional angolana vai analisar a diversificação da economia nacional na próxima quinta-feira, tema proposto precisamente pelo MPLA para o habitual debate mensal.

A proposta surge numa altura em que a nova versão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015, revisto precisamente devido à quebra da cotação internacional de petróleo, produto que representa 98 por cento das exportações do país, já entrou em vigor, depois de publicado em Diário da República, a 09 de Outubro.

A crise do petróleo, que em 2015, na previsão do novo OGE, fará reduzir o peso do crude nas receitas fiscais para 36,5 por cento, face aos 70 por cento do ano anterior, tem sido apontado como motivo para acelerar a diversificação da economia nacional, concentrada nesta actividade.

Agricultura, indústria ou turismo são algumas das actividades em que assenta a prioridade do Governo angolano para a diversificação da economia nacional, inclusive com apoios estatais ao investimento privado.

O antigo ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência angolana Carlos Feijó considerou numa conferência realizada em Lisboa, a 01 de Abril, que Angola falhou o objectivo da diversificação económica proposto no final da década passada. "Esta fase de diversificação da economia, que deveria permitir que chegássemos a 2017 e entrássemos na fase de sustentabilidade da economia, temos de dizer que não fomos assim tão bem sucedidos", disse Carlos Feijó.

Devido à crise do petróleo, e à forte dependência das receitas com a exportação de crude, o Governo angolano prevê um défice de sete por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. O "buraco" nas contas públicas angolanas de 2015 está avaliado em 806,5 mil milhões de kwanzas.

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