Em resposta aos jornalistas, na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse não conhecer ainda pormenores desse pedido de ajuda, devido à agenda intensa que teve hoje, mas desejou que Angola disponha de "todo o apoio financeiro, todas as condições que permitam um bom futuro económico".
"Isso é positivo para Portugal. Isto aplica-se a Angola como se aplica a qualquer outra economia de qualquer Estado irmão da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). O que correr bem a esse Estado vai correr bem a Portugal", acrescentou o chefe de Estado.
O FMI anunciou hoje que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de Primavera, em Washington, e numa visita ao país.
O Ministério das Finanças de Angola justificou o pedido com a necessidade de aplicar políticas macroeconómicas e reformas estruturais que diversifiquem a economia e respondam às necessidades financeiras do país.
Questionado sobre esta notícia, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder: "Ainda não tenho conhecimento. Falava-se dessa realidade, mas não tenho dados ainda para poder falar".
"Acompanharam o meu dia hoje. Não pude estar a par, em pormenor, dessa notícia e, portanto, não vou comentar neste momento", reforçou.
Depois, o Presidente da República colocou a questão no quadro da lusofonia, dizendo que "a CPLP não é só uma comunidade de língua, é uma comunidade de solidariedade social, económica, financeira".
"Portanto, tudo o que possa correr bem, neste caso a Angola, como a qualquer outro Estado membro da CPLP, é importante para Portugal", completou, salientando que diria o mesmo "de qualquer outro país da CPLP".
Interrogado se há razões para preocupação em Portugal, tendo em conta que Angola é um importante parceiro económico, o chefe de Estado retorquiu que "há razões para Portugal desejar em relação a Angola, como a qualquer outro Estado irmão da CPLP, todo o apoio financeiro".
O Presidente da República escusou-se sempre a falar do que está ou pode vir a correr mal. "O que esperamos é que corra bem", afirmou.