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Dirigente do PSD de Portugal diz que atenção de Angola aos portugueses é “reconfortante”

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) português, Marco António Costa, classificou como "reconfortante" a atenção das autoridades angolanas à comunidade e empresas portuguesas no país, tendo em conta o actual cenário de dificuldades económicas em Angola.

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O dirigente social-democrata falava, ontem, em Luanda no encerramento de uma visita de três dias de uma comitiva daquele partido, que envolveu contactos ao mais alto nível com a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder.

De acordo com Marco António Costa, existe uma preocupação "recíproca", entre os governos de Portugal e de Angola, sobre a "necessidade de garantir a capacidade de laboração" das empresas nacionais instaladas no país. "Nomeadamente a reposição de 'stocks' e a capacidade de continuar a desenvolver a sua actividade com normalidade", apontou.

Em causa está a crise financeira provocada pela quebra da cotação internacional do petróleo, que já levou o Governo angolano a rever o Orçamento Geral do Estado para 2015, cortando um terço de todas as despesas anteriormente previstas.

Em paralelo, a redução da entrada de divisas no país, também devido à redução das receitas petrolíferas, está a limitar o envio de remessas para Portugal, por trabalhadores nacionais em Angola, e a dificultar o pagamento de facturas internacionais às empresas, incluindo as portuguesas.

"Mas existe uma atenção das autoridades angolanas relativamente à situação concreta da comunidade portuguesa e das empresas portuguesas. Isso, para nós, é reconfortante, porque obviamente é um tema cimeiro nas nossas preocupações", afirmou Marco António Costa.

Na terça-feira, no arranque da visita a Luanda, o vice-presidente do PSD foi recebido pela vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, e vários outros dirigentes de topo do partido que está no poder em Angola desde 1975, encontro descrito por ambas as partes como "histórico".

"Foi possível estabelecer um diálogo institucional entre o PSD e MPLA numa lógica de estruturar no futuro encontros e uma cooperação bilateral muito concreta em áreas de formação, de cooperação política, e que torne possível que as boas relações entre Estados sejam secundadas pelas boas relações entre os nossos partidos", apontou Marco António Costa.

"Sempre numa lógica de garantir que os dois povos, as duas nações, continuam a cumprir um caminho conjunto, lado a lado, numa lógica de interesse e respeito mútuo", enfatizou o dirigente social-democrata.

Além de várias reuniões com dirigentes do MPLA, a comitiva do PSD também se reuniu com empresários portugueses em Angola, tendo abordado nomeadamente a operacionalização de uma linha de crédito recentemente disponibilizada por Portugal às empresas nacionais que operam no país.

"Ouvimos algumas preocupações relativas à agilização dos processos em Portugal, no que diz respeito a essa linha de crédito dos 500 milhões de euros, mas também ouvimos palavras reconfortantes da importância que tem para as nossas empresas", admitiu.

Para Marco António Costa, é agora necessário garantir que essa linha de crédito, para apoiar sobretudo problemas de tesouraria, "cumpre o seu papel", mas "num tempo útil", ou seja com "maior celeridade" no tratamento dos processos burocráticos.

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