Criado em 2002, o entreposto assume a função de gestor da reserva estratégica do Estado, tentando manter estabilidade dos preços do mercado, afectada nos últimos meses pelas consequências da crise provocada pela quebra nas receitas petrolíferas.
Vocacionado para a comercialização de bens, os planos passam pela abertura de novas filiais fora de Luanda. O Entreposto Aduaneiro de Angola possui actualmente instalações de armazenamento e distribuição em Luanda, Lobito, Namibe, Lubango e Huambo, possuindo uma capacidade de armazenamento na ordem das 56.800 toneladas e produtos secos e 260 de produtos frescos e congelados.
“O projecto para 2017 consiste no alargamento da cobertura territorial a armazéns em Malange e no Cunene, num investimento de mais de 6,5 milhões de dólares, acrescentando mais 5,3 mil toneladas de capacidade de secos e 1,3 mil toneladas de congelados (…) no total, e se for utilizada na capacidade máxima, atinge-se cerca de 20 por cento das necessidades de bens da cesta básica do país” referiu, o director de Planeamento Estratégico e Projectos do EAA, Castrício Castro, ao O País.
O responsável referiu ainda que para além das importações, o EAA quer contribuir de forma activa para o alargamento na oferta de produtos agrícolas. Desta forma, estão em vista o estabelecimento de parceiras com outras estruturas logísticas, assim como com agentes locais, que necessitam de incentivos para a produção e meios para o seu escoamento, “surgindo nesta cadeia o EAA como uma espécie de âncora”.