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Preços em Luanda renovam máximos com inflação a um ano acima dos 41 por cento

Os preços em Luanda subiram mais de 41 por cento nos 12 meses anteriores a Novembro, renovando máximos históricos, mas com os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola a confirmarem uma inflação mensal de 2 por cento.

Candado:

Segundo o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, os preços subiram de Outubro para Novembro 2,13 por cento, contra os 1,79 por cento e 2,14 por cento anteriores ou os quase quatro por cento em Julho.

Neste relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC), Luanda apresentava em Novembro uma inflação acumulada, a um ano, de 41,15 por cento, contra os 40,04 por cento de Outubro e os 39,4 por cento de Setembro.

Este registo volta a ficar acima dos 38,5 por cento (para todo o ano) que o Governo inscreveu na revisão do Orçamento Geral do Estado de 2016, aprovada em Setembro último e justificada com a diminuição das receitas fiscais com a exportação de petróleo.

Um pão custava em média, em Luanda, quase 88 kwanzas, um frango congelado chegava a 1.450 kwanzas e o quilograma de carapau a 3300 kwanzas, enquanto o de arroz estava em 554 kwanzas e o de tomate em 1380 kwanzas, segundo o relatório do INE para o mês de Novembro.

O IPC de Luanda registou aumentos entre Outubro e Novembro nas classes "Comunicações", com 36,55 (alterações nas tarifas), "Bens e Serviços Diversos", com 3,44 por cento, "Vestuário e Calçado", com 3,41 por cento, e "Bebidas Alcoólicas e Tabaco", com 3,16 por cento.

Desde praticamente Setembro de 2014 que a inflação em Luanda não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionar vendas.

Luanda é considerada em estudos internacionais como uma das capitais mais caras do mundo.

Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) - o INE não divulga dados agregados para um ano para todo o país - registou uma variação de 2,29 por cento (1,52 por cento no mês anterior) entre Outubro e Novembro.

Cunene com 3,11 por cento, Moxico com 2,89 por cento, Bengo com 2,39 por cento e Lunda Norte com 2,31 por cento. As províncias com menor variação foram: Bié com 1,41 por cento, Huila com 1,61 por cento, Benguela com 1,74 por cento e Huambo com 1,78 por cento.

As subidas no último mês foram lideradas pelas províncias do Cunene (3,11 por cento), Moxico (2,89 por cento), Bengo (2,39 por cento) e Lunda Norte (2,31 por cento), enquanto na posição oposta figuraram as províncias do Bié (1,41 por cento), Huíla (1,61 por cento), Benguela (1,74 por cento) e do Huambo (1,78 por cento).

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