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OPEP estima aumento da produção de petróleo da concorrência em 2017

A OPEP estima que a produção da concorrência aumente 0,5 por cento em 2017 apesar de onze países concorrentes se terem comprometido recentemente a retirar do mercado 558.000 barris por dia.

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No relatório mensal, divulgado em Viena, a OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) estima em 300.000 barris por dia o aumento da produção dos produtores independentes, como o Brasil e o Canadá, que não participaram no pacto de redução de extracções, ou como o Cazaquistão e a Rússia, que se comprometeram a reduzir a produção.

Esta perspectiva contrasta com a previsão inicial, feita há meio ano, que apontava para uma contracção da oferta da concorrência devido aos preços baixos, explicam os autores do documento.

Agora, estimam que o fortalecimento dos "petropreços" impulsionará a produção em alguns países, ainda que não no México, Estados Unidos, China, Colômbia e Azerbaijão.

Este relatório mensal é o primeiro documento que a OPEP publica depois das reuniões de produtores em 30 de Novembro e em 11 de Dezembro em Viena, durante as quais foi acordado retirar ao mercado 1,758 milhões de barris por dia no primeiro semestre de 2017.

Da referida redução, 1,2 milhões de barris por dia correspondem à OPEP, sendo o restante do corte da produção repartido entre os 11 produtores que assinaram o acordo em 11 de Dezembro, designadamente Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Guiné Equatorial, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão e Sudão do Sul.

"O acordo não implica que a redução tenha lugar pontualmente em 1 de Janeiro em toda a sua magnitude. Será levada a cabo ao longo do primeiro semestre", referiu uma fonte da OPEP citada pela EFE. Assim, as estimativas actuais "são tentativas e serão actualizadas nos próximos meses", adiantou a fonte da OPEP.

Segundo as previsões da OPEP, a produção de petróleo "Não OPEP" em 2017 deverá ser de 56,50 milhões de barris por dia, contra uma média de 56,20 milhões de barris por dia neste ano.

Em Novembro, a oferta mundial de petróleo totalizou 96,84 milhões de barris diários, nível superior à procura média calculada para este ano, de 94,41 milhões de barris por dia, e inclusivamente a prevista para 2017, de 95,56 milhões de barris por dia.

A própria OPEP contribuiu para este aumento, já que aumentou a produção em conjunto em 150.800 barris diários para 33,87 milhões de barris por dia, um máximo histórico.

Os sócios que aumentaram a produção foram Nigéria, Angola, Arábia Saudita, Iraque, Argélia, Qatar, Emiratos e Equador e os que diminuíram foram o Kuwait e a Venezuela.

Os "petropreços" mostraram-se "voláteis" em Novembro e desceram face ao mês anterior entre 8 por cento e 10 por cento.

Contudo, o último acordo da OPEP impulsionou a subida dos preços em cerca de 20 por cento, que estão acima dos 50 dólares por barril e em níveis que não se viam desde o Verão de 2015.

Na segunda-feira, o petróleo subiu fortemente, depois de 11 produtores - que não são membros da OPEP - terem acordado durante o fim-de-semana unir-se ao corte da produção, concretizado depois de intensas negociações.

Em 30 de Novembro último, os membros da OPEP tinham decidido reduzir a produção de ouro negro para impulsionar os preços para a alta, pelo que anunciaram uma produção máxima de 32,5 milhões de barris por dia.

A Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo do mundo, comprometeu-se a cortar a produção em quase 500.000 barris por dia a partir de 1 de Janeiro, enquanto os produtores não OPEP, incluindo a Rússia, indicaram que poderiam reduzir a produção em 558.000 barris por dia.

O acordo entre a OPEP e os produtores alheios ao cartel é a primeira iniciativa conjunta desde 2001 e foi tomada depois de mais de dois anos de preços muito baixos.

Os ministros reunidos em Viena destacaram a importância da reunião do fim-de-semana "OPEP/Não-OPEP", tendo em conta que nunca antes se tinham reunido tantos produtores.

Os países "Não-OPEP" que aderiram ao compromisso do corte são o Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Guiné Equatorial, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão e Sudão do Sul.

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