O anúncio foi feito Quinta-feira pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que falava aos jornalistas a propósito dos recorrentes apagões que nas últimas semanas têm afectado sobretudo Luanda, que justificou com o aumento do consumo nesta fase do ano, com o défice de produção e pela conclusão do reforço de potência na barragem de Cambambe.
Segundo o governante, os primeiros 120 megawatts desta central serão injectados na rede até Março, prevendo este projecto garantir electricidade a Luanda e a várias províncias do norte do país.
O projecto, com uma capacidade de produção instalada de 750 megawatts, envolve ainda a construção de uma linha eléctrica até à capital, ao longo de mais de 400 quilómetros, com 1500 torres.
Trata-se de uma das maiores obras públicas em curso, executada por empresas chinesas, sendo um empreendimento considerado fundamental para reduzir o défice energético.
A primeira máquina de geração de electricidade desta central deverá entrar em testes no início de 2017 e as restantes três ao longo do ano, estimando-se que a ligação eléctrica entre o Soyo e Luanda esteja concluída até Maio do próximo ano.
A central de ciclo combinado do Soyo vai custar cerca de mil milhões de dólares, sendo justificada pelo executivo com as "projecções de crescimento da procura de energia eléctrica no país" no médio e longo prazo.
O crescimento nacional leva à "necessidade de expansão acentuada da capacidade de produção" de electricidade no país, justifica o Governo.