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Barragem de Laúca começa a produzir electricidade em Julho

O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca vai começar a produzir electricidade em Julho de 2017, tornando-se até final do ano no maior centro de produção em Angola.

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De acordo com a informação transmitida em conferência de imprensa pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, aquela barragem já vai produzir cerca de 600 MegaWatts (MW) no início do segundo semestre do próximo ano, com o primeiro grupo gerador.

Os restantes grupos, disse o governante, que falava aos jornalistas na vizinha barragem de Cambambe, na província do Cuanza Norte, também em obra, entram em funcionamento até final do ano.

O grupo brasileiro Odebrecht é responsável pela empreitada de construção da barragem de Laúca, no rio Kwanza, na qual também participam perto de 300 trabalhadores portugueses.

O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca deverá produzir cerca de 2.070 MW de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens já em funcionamento no mesmo rio, mas ainda insuficiente para as necessidades do país, gerando os actuais cortes de diários de fornecimento de energia à população.

O enchimento da albufeira de Laúca deverá começar em Fevereiro de 2017, processo que demorará 120 dias até atingir a altura mínima para permitir o início da produção de energia eléctrica.

Localizada entre as províncias de Malanje e do Cuanza Norte, aquela barragem foi encomendada pelo Estado por 4,3 mil milhões de dólares, envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil.

Entre os cerca de sete mil trabalhadores, sobretudo angolanos, chegaram a estar 26 portugueses directamente contratados pela Odebrecht, detentora da obra, e mais 249 ao serviço das empresas subcontratadas de origem portuguesa, casos da Somague Angola, Teixeira Duarte, Epos, Tecnasol e Ibergru.

Além de portugueses, o contingente de trabalhadores expatriados, que não supera 9 por cento do total, integra sobretudo brasileiros, pelo que a maior obra em curso em Angola faz-se essencialmente em língua portuguesa.

A construção envolve, só em betão, o equivalente à edificação de 40 estádios de futebol, 2800 casas ou 465 edifícios de oito pisos, de acordo com a Odebrecht.

A implementação dos seis geradores que vão produzir electricidade implicou a construção de outros tantos túneis subterrâneos numa extensão total de 12 quilómetros, além de um desvio do rio Kwanza.

Esta construção recorre a 30.000 toneladas de aço nas montagens electromecânicas, o equivalente à construção de cinco torres Eiffel, além de 22.000 toneladas de cimento por mês.

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