A informação consta de um despacho presidencial de 2 de Dezembro, a que a Lusa teve acesso, autorizando a construção e apetrechamento destas oficinas, que visam assegurar a manutenção e assistência técnica ao novo material circulante - composições que não necessitam de locomotiva separada - a adquirir pelo Estado para o serviço do CFL.
As novas oficinas a construir em Luanda, lê-se no mesmo despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, permitirão garantir a "reparação e conservação" destas novas DMU (unidades múltiplas diesel), para "garantir a exploração segura e eficaz dos serviços de transporte ferroviário no troço Bungo-Baia", ou seja a componente suburbana da linha do CFL, que com 428 quilómetros chega ainda até à província de Malange (longo curso).
Os comboios do CFL transportam anualmente mais de três milhões de passageiros, de acordo com números daquela empresa pública. O contrato para a construção e apetrechamento das oficinas das DMU está avaliado 12.863.154.792 kwanzas, tendo sido adjudicado ao consórcio formado pela Somague Angola e Quantum.
Define ainda mais 385,8 milhões de kwanzas para a fiscalização da obra, pela empresa GIBB Consultores de Engenharia, e 643,1 milhões de kwanzas para a componente de gestão do projeto, pela empresa Transfric.