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Mais de metade das empresas portuguesas que exportam para Angola vendem só para o nosso mercado

As empresas portuguesas apresentam uma “elevada exposição” ao mercado angolano, sendo que mais de metade das que exportaram para Angola até Setembro venderam "exclusivamente" para esse mercado, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE) português.

Russell Spence:

Adicionalmente, segundo o INE, 73,1 por cento das exportações portuguesas para Angola foram efectuadas por empresas com, pelo menos, 50 por cento das suas exportações concentradas nesse mercado, o que evidencia “claramente uma elevada exposição em relação a Angola, sendo também significativa com o Brasil, Suíça e Moçambique”.

No caso específico de Angola, quase três quartos das empresas exportadoras de bens para este país, que é o 6.º maior cliente de Portugal, registaram uma concentração das suas exportações superior a 50 por cento, tendo sido responsáveis por 73,1 por cento do valor exportado para esse país nos três primeiros trimestres de 2015.

De Janeiro a Setembro, mais de metade das empresas que exportaram bens para Angola (53,7 por cento) apenas exportaram para o nosso país, concentrando ali quase um terço do valor exportado (32,4 por cento).

Segundo o INE, as empresas com pelo menos 50 por cento das suas exportações para Angola eram “maioritariamente de pequena dimensão”, quer em termos do pessoal ao serviço (55,8 por cento tinham menos de 10 pessoas ao serviço) quer do volume de negócios (59,7 por cento tinham menos de um milhão de euros).

Os bens exportados por essas empresas são diversificados, mas as máquinas e aparelhos foram o grupo de produtos mais exportado, seguido dos produtos alimentares e dos metais comuns. A um nível mais desagregado, o INE refere ainda as vendas para Angola nas categorias de medicamentos (NC 3004), enchidos e produtos semelhantes, de carne, de miudezas ou de sangue (NC 1601) e de vinhos de uvas frescas (NC 2204).

Ressalvando que os mercados externos “têm, naturalmente, dinâmicas diferentes reflectindo as condições específicas das respectivas economias nacionais”, o instituto nota que o risco implícito para as empresas exportadoras a essas dinâmicas “depende da sua exposição relativa a cada um desses mercados”.

De acordo com o INE, os 10 principais mercados de destino portugueses fora da União Europeia foram, nos três primeiros trimestres de 2015, os Estados Unidos, Angola, China, Marrocos, Brasil, Argélia, Suíça, Canadá, Moçambique e Turquia.

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