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Ambiente

Angola já está a ser afectada pêlos efeitos das alterações climáticas

Angola já experimenta os efeitos das alterações climáticas, pois "cerca de 31 por cento do território é propenso à desertificação" e "o ciclo de secas e inundações tem-se acentuado", afirmou hoje o vice-presidente do país em Paris.

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Manuel Vicente, que discursava na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), que decorre em Paris até 11 de Dezembro, afirmou ainda que Angola "tem vindo a adoptar uma legislação ambiental moderna e programas educacionais que visam inibir acções devastadoras do meio ambiente", bem como a criar "uma consciência de sustentabilidade ambiental".

Além disso, "ratificou e aderiu já à maioria das convenções e outros instrumentos jurídicos internacionais sobre gestão ambiental", adiantou o vice-presidente angolano, acrescentando que, todavia, continua a debater-se com situações difíceis, "do desmatamento às queimadas, à caça furtiva e a outros problemas" que têm provocado a destruição dos ecossistemas.

"Na qualidade de presidente do grupo dos países menos avançados, devo lembrar que, não obstante não termos contribuído para as causas, as nossas vulnerabilidades climáticas são acentuadas por características socioeconómicas que afectam negativamente a nossa capacidade de nos adaptarmos", acrescentou o governante angolano.

Para Manuel Vicente, "ainda assim, os países menos avançados assumiram o desafio de contribuir para a edificação de sociedades de baixo carbono, resilientes aos efeitos das alterações climáticas".

Considerando as alterações climáticas "o maior desafio que enfrenta a Humanidade, pela sua magnitude e importância na vida dos povos", o representante angolano na COP21 defendeu que "todas as nações devem cooperar na materialização de políticas que garantam um desenvolvimento sustentável, economicamente viável e ecologicamente equilibrado".

"O combate às causas e a atenuação dos efeitos deste fenómeno implicam, da parte de cada um de nós, esforços no sentido de reduzir as emissões de gases de efeito de estufa a um nível que permita o alcance do objectivo da convenção", disse ainda.

Segundo o Painel Internacional para as Alterações Climáticas, as causas do problema "estão associadas à actividade antropogénica", pelo que "é nesta última instância que podemos começar a inverter o processo de degradação do qual já nos ressentimos", sublinhou.

Angola apelou, assim, "a que todas as nações do mundo assegurem, em conjunto, a protecção e a preservação do sistema climático como um bem do qual a Humanidade depende" e disse ser "imperioso que a conferência culmine com a adoçam de um acordo que seja ambicioso e juridicamente vinculativo a todas as partes".

Manuel Vicente terminou a sua intervenção agradecendo ao governo francês por acolher a COP21 em Paris, "mesmo depois dos trágicos acontecimentos do dia 13 de Novembro, que enlutaram a França e que toda a Humanidade repudiou" e endereçou uma mensagem de condolências ao povo francês.

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