"O nosso interesse é destacar ainda mais a segurança alimentar, desde as suas mais diversas perspectivas, essencialmente a actividade inspectiva, garantir que o produto que é entregue aos cidadãos pela rede comercial, e não só, responda às características de qualidade e de segurança sanitária necessárias", disse esta Segunda-feira o governante.
Para Rui Miguéns, é necessário que haja uma harmonização nos métodos, meios, procedimentos, bem como na legislação que enquadra a actividade inspectiva da actividade económica, de um modo geral, em Angola e nos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em declarações após a cerimónia de abertura do VIII Fórum das Inspecções de Segurança Alimentar e das Actividades Económicas (FISAAE), que decorre, até Quarta-feira, em Luanda, o ministro deu nota que Angola vai assumir a presidência rotativa deste organismo regional multilateral.
No seu discurso, Rui Miguéns afirmou que o país dá prioridade à segurança alimentar, o que inclui o aumento da produção interna, visando a auto-suficiência de bens alimentares de amplo consumo, e a garantia da sua qualidade.
A implementação de um ambiente económico que propicie a livre iniciativa e a concorrência leal entre os operadores económicos, com vista ao estabelecimento de um preço justo dos bens de amplo consumo alimentar, constitui a segunda aposta de Angola neste segmento, explicou.
"Não é, pois, de estranhar que apoiamos com particular interesse e justificadas expectativas positivas os desenvolvimentos dos trabalhos e as conclusões a que chegareis neste fórum", realçou.
O ministro salientou que, decorridos 10 anos desde a institucionalização do FISAAE, como plataforma de cooperação e concertação em matérias de segurança alimentar e inspecção económica, este representa a vontade dos Governos dos países da CPLP de, em conjunto, trabalharem para o melhor interesse das populações.
O fórum decorre sob o lema "Fraude Alimentar: Factores de Risco e Medidas de Controlo e Prevenção".