O nome da angolana para embaixadora do G20 Social – orientado para a discussão de questões sociais e económicas globais – foi proposto pela África do Sul, tendo Maria Lima considerado que a sua designação evidencia o compromisso contínuo do país com o desenvolvimento sustentável, comunitário, inclusão social, educação, bem como melhoria do país e da região.
A responsável, em declarações à imprensa, citadas pela Angop, apontou que o seu enfoque durante o evento foi principalmente proceder ao lançamento de Angola através de uma plataforma de inclusão, tendo mantido o contacto com empresas, diplomatas e o governo do Brasil acerca de como cooperar para impulsionar o país ao debate global.
A secretária da Sociedade Mineira do Catoca para a Caixa Social acredita que os problemas são de natureza global e, por isso, as respostas também devem ser universais.
Maria Lima considerou igualmente que não haverá mais um G20 Económico sem a realização de um G20 Social.
"Nunca mais a pirâmide vai decidir sem que a base tenha uma voz porque são as bases que sofrem com o impacto das decisões dos líderes mundiais", apontou a responsável, que, citada pela Angop, considerou ser necessário dar mais destaque à voz do povo e das comunidades, bem como levar eficiência para o meio do debate, tanto nas despesas públicas quanto nos orçamentos das empresas que investem em responsabilidade social.
Apontou igualmente ter ido à procura de parcerias para construir um hospital oncológico, acrescentando que se precisasse enviar uma mensagem para empresas e compradores de jóias e diamantes referia que "se há um preço por minerar esse preço é o desenvolvimento das comunidades", cuja batalha vem sendo encetada pela Sodiam, Endiama, entre outras.
Segundo uma nota da Caixa Social do Catoca, a que o VerAngola teve acesso, no evento, Maria Lima aproveitou para reforçar "o papel de Angola como uma nação emergente e propensa a parcerias estratégicas no cenário internacional".
Na ocasião, a angolana realçou a "importância da colaboração internacional para o avanço das políticas sociais em Angola e defendeu uma abordagem integrada entre o sector público e privado para alcançar desenvolvimento sustentável no continente africano", lê-se na nota.
Num dos painéis do G20 Social – que diz respeito a uma iniciativa que junta "líderes da sociedade civil, organizações internacionais e representantes do sector privado para discutir desafios sociais, como inclusão económica, sustentabilidade e inovação" –, Maria Lima disse tratar-se não só de uma honra, mas também de uma oportunidade para realçar as prioridades do país no panorama global.
"Estar no G20 Social não é apenas uma honra, mas também uma oportunidade de destacar as prioridades de Angola no cenário global. O desenvolvimento humano, a inclusão social e as parcerias estratégicas são pilares fundamentais para o progresso que queremos alcançar," apontou Maria Lima.
Além de ter participado no evento, a angolana também manteve reuniões com diplomatas angolanos e membros da classe empresarial brasileira.
"Os encontros buscaram fortalecer os laços entre Angola e o Brasil, focando em áreas como comércio, investimentos e intercâmbio cultural", lê-se na nota.
Maria Lima disse que os encontros foram produtivos e "sinalizam novas oportunidades de cooperação entre os dois países".
"O Brasil e Angola compartilham uma história rica e uma visão de futuro que se complementam. O momento é propício para ampliarmos nossa parceria económica e cultural", apontou, citada na nota.
Na ocasião, diplomatas angolanos, que também estiveram no certame, realçaram a "importância do encontro, que reforça a relação histórica entre os dois países e cria um ambiente favorável para novos acordos bilaterais", enquanto os empresários brasileiros "elogiaram a postura da administradora, reconhecendo o dinamismo e as oportunidades que Angola oferece como porta de entrada para o mercado africano".