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Britânica Shell vai avaliar potencial petrolífero de seis blocos nacionais

A petrolífera Shell assinou esta Quinta-feira em Luanda um memorando de entendimento com a concessionária de petróleos de Angola. O país continua a ser de eleição para vários importantes investidores, segundo o titular da pasta dos petróleos.

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O memorando foi assinado pelo presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, vice-presidente executivo da Shell, Eugene Okpere, na presença do ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo.

Diamantino de Azevedo disse que este memorando de entendimento é o resultado de esforços do executivo angolano para o relançamento das actividades de exploração petrolífera e o ato em concreto confirma a importância do regime de oferta permanente de concessões petrolíferas que permite a ANPG negociar directamente concessões que, tendo feito parte de um processo de licitação, não foram adjudicadas.

Segundo o ministro, a ANPG tem sido orientada pelo ministério a desenvolver as acções necessárias para atrair companhias internacionais de renome da indústria petrolífera que não operam actualmente em Angola.

“O retorno da Shell a Angola, depois de 25 anos, representa a efectivação exitosa dos esforços acima referidos, bem como indicia a existência de um potencial significativo de recursos petrolíferos no nosso país”, disse Diamantino Azevedo.

Com a assinatura deste memorando de entendimento, avançou ainda o ministro, estão criadas condições para o início do estudo de avaliação do potencial petrolífero dos blocos 19, 34, 35, 36,37 e 43, “cumprindo-se com o previsto no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, acrescentou o titular da pasta dos Recursos Naturais Petróleo e Gás.

“Acreditamos que os consensos alcançados neste memorando entre as duas partes ditarão o início de uma duração duradoura entre os signatários e almejamos que se realizem as actividades preconizadas e que esta parceria culmine na descoberta de novos campos que julgamos ainda existirem no nosso país”, salientou o ministro, augurando que o regresso da Shell seja um incentivo à vinda de outras companhias para o país.

Por sua vez, o presidente do ANPG frisou que a Shell é uma das maiores empresas no mundo do sector e já esteve em Angola em várias concessões na década de 90 do século passado, regressando com a assinatura deste memorando para avaliação de vários blocos.

Paulino Jerónimo destacou a agilidade da concessionária nacional na atribuição de concessões, a flexibilidade na definição de termos contratuais e pragmatismo em criar soluções para que os investidores tenham sucesso na actividade de exploração.

Em declarações à imprensa, o vice-presidente executivo da Shell disse que Angola foi sempre de interesse para a companhia, estando estes anos à procura do melhor momento para regressar.

De acordo com Eugene Okpere, a melhoria do ambiente de negócios no setor foi também um fator atractivo para o regresso, salientando que a combinação dos dois factores incentivou o início desse processo.

“O primeiro passo é o estudo, ainda é o início, vamos estudar os dados para ver a viabilidade do projecto”, realçou.

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