Pedro Castro e Silva, que foi um dos oradores da 2.ª edição do Angola Economic Outlook 2023, promovida pelo Governo e a revista Economia e Mercado, referiu que o Risco Climático complementa a regulamentação bancária que conta já com os riscos de Crédito, de Liquidez, de Taxa de Câmbio e de Taxa de Juros.
"Os bancos antes de concederem crédito por exemplo para as pescas, ou para desenvolvimento de um projecto agrícola, que é o que se pretende para a diversificação, vão ter que ter em conta factores relacionados com a sustentabilidade e provavelmente o impacto que isto tem ao nível da sua base de capital", realçou.
Ainda para 2024, o BNA vai manter a política monetária deste ano que agora termina, salientando que a taxa média de inflação para o exercício económico do próximo ano é de 16 por cento, superior à actual.
"Isto quer dizer que deveremos ainda experimentar nos próximos meses uma tendência em alta da inflação homóloga, mas, ao longo de 2024, esperamos que ela venha a reduzir, atingindo, no final do período de 2024, uma taxa de 15 por cento", disse.
O vice-governador do BNA realçou que, em 2024, o banco central prevê manter o nível sustentável de reservas internacionais líquidas nos seis meses de importações, tendo em conta a sua importância para garantir o pagamento do serviço da dívida, "quando houver condições do tesouro nacional voltar aos mercados de dívida".
Pedro Castro e Silva frisou que o banco central vai continuar a aplicar e convergir com as melhores práticas do Banco Central Europeu e os outros órgãos, como o Grupo de Acção Financeira (GAFI), implementando um Fundo de Resolução que terá início em 2024.
Segundo Pedro Castro e Silva, o país tem até Junho do próximo ano para implementar as medidas que o GAFI recomendou, para tomar a decisão sobre a sua posição.