"Hoje não recebemos nenhuma candidatura, mas esperamos que haja. Pela forma como foi imposto este congresso esperamos receber poucas (candidaturas), no máximo duas e no mínimo uma, mas não vamos impedir que as pessoas se candidatem e estamos abertos", afirmou Anastácio Rubém Sicato em declarações à Lusa.
O processo de apresentação de candidaturas à liderança da UNITA, visando eleger um novo presidente, após o afastamento de Adalberto Costa Júnior, decorre até 11 de Novembro.
Um acórdão do Tribunal Constitucional anulou, recentemente, o XIII Congresso da UNITA, realizado em 2019, e as consequentes deliberações que elegeram Adalberto Costa Júnior à liderança.
Isaías Samakuva, por força do acórdão, regressou à liderança da UNITA e vai presidir à organização política até à eleição de um novo presidente no congresso convocado para entre 2 e 4 de Dezembro próximo.
O conclave deve reunir, em Luanda, 1150 delegados que serão eleitos pelos militantes de base nas conferências preparatórias.
À luz dos estatutos de 2015, tido como base para este congresso, o candidato à liderança da UNITA deve ter nacionalidade angolana originária, "um mínimo de 15 anos de militância consequente e irrepreensível, autoridade política e moral e domínio da linha político ideológica do partido".
Ser membros da comissão política, "ter boa conduta política, moral e cívica comprovada, ser aceite pelas bases do partido", e reunir no mínimo 40 por cento de assinaturas de membros efectivos da comissão política são igualmente outros requisitos impostos aos candidatos.
O candidato à presidência da UNITA deverá ainda reunir no mínimo 1000 assinaturas de militantes do partido no pleno gozo dos seus direitos, ou seja, 50 assinaturas por cada uma das 18 províncias.